1) Ranking da CUPOLA e do Imobi Report revela os 100 mais influentes do imobiliário em 2025

A terceira edição do ranking foi divulgada nesta quinta-feira (11/12), em transmissão ao vivo. A lista promovida pela CUPOLA e pelo Imobi Report busca reconhecer os profissionais de maior influência no ano de 2025 em cinco categorias: Aluguel, Incorporação, Inovação, Representação do Setor e Vendas. Ao longo das últimas edições, o ranking consolidou-se como a maior referência de influência e liderança no setor. Estar entre os 100+ Influentes proporciona reconhecimento pelos pares e promove visibilidade nacional para especialistas de destaque do setor, evidenciando sua atuação individual e contribuição para a transformação estrutural do mercado imobiliário. Confira todos os vinte indicados de cada categoria no site oficial do ranking.

2) Em ano eleitoral, governo planeja contratar 1 milhão de unidades do Minha Casa, Minha Vida

Em ano eleitoral, o governo Lula planeja contratar 1 milhão de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, uma das principais vitrines do presidente, e bater a meta de três milhões de unidades até o final de 2026. Para isso, o Ministério das Cidades trabalha para elevar de 60 mil para 80 mil as contratações mensais ao longo do próximo ano. A entrega das obras, porém, depende de uma série de fatores e não necessariamente ocorrerá no ano que vem. - As pessoas podem fazer contratações porque não vai haver falta de recursos. Queremos dar essa segurança ao mercado - disse o ministro das Cidades, Jader Filho. A meta de contratações em 2026 considera também as unidades para a classe média, incorporada ao MCMV. O plano do ministério é elevar de seis mil para 10 mil as contratações por mês nessa faixa de renda e fechar em 2026 com 120 mil.

3) Manutenção da Selic em 15% prolonga pressão sobre crédito e atividade econômica

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 15% ao ano, anunciada nesta quarta-feira (10/12), aprofunda os desafios para o financiamento habitacional e para o crescimento econômico do país. Com isso, o Brasil segue como segundo colocado no ranking de países com o maior juro real do mundo. Segundo estudo da ABRAINC, o encarecimento dos juros nos últimos cinco anos excluiu cerca de 800 mil famílias do acesso ao crédito imobiliário para aquisição de imóveis de R$ 500 mil — uma redução de 50% no público elegível. Em sentido contrário, cada ponto percentual de queda da Selic permitiria incluir, em média, 160 mil novas famílias no mercado de financiamento habitacional.

4) Pesquisa: Brasileiro mantém forte intenção de compra e intensifica busca por moradia própria

A intenção de compra de imóveis no Brasil segue firme e em patamar superior ao observado antes da pandemia, ao mesmo tempo em que mais famílias saem da etapa do “sonho” e entram efetivamente em processo de busca e negociação. É o que revela estudo da ABRAINC em parceria com a Brain. A dinâmica da demanda vem sendo reforçada pela ampliação do grupo de famílias que ingressam no mercado imobiliário. A série histórica apresentada no estudo mostra que a intenção de compra permanece estruturalmente elevada. Antes da pandemia, cerca de 43% dos brasileiros manifestavam desejo de adquirir um imóvel. Em 2025, o indicador atinge 48% a 49%, patamar que se mantém estável ao longo do ano. Essa estabilidade em nível alto demonstra que o desafio do setor não reside na demanda — que continua forte e consistente —, mas na capacidade de compra das famílias.

5) Lançamentos de apartamentos batem recorde e chegam a 150 mil ao ano em SP

O mercado imobiliário de São Paulo está em patamar recorde. O número de apartamentos lançados na cidade de SP atingiu 150,7 mil no período de 12 meses terminados em outubro, segundo dados da consultoria de inteligência Brain. O número representa salto de 31% ante igual período do ano passado. O CEO da Brain, Fábio Tadeu Araújo, afirma que São Paulo tinha uma média de lançamentos de apartamentos por ano de 33 mil há dez anos, número que quintuplicou de lá para cá. “Nos últimos 12 meses, encerrados em outubro, chegamos pela primeira vez a mais de 150 mil unidades lançadas em SP. Há um ano, eram 115 mil unidades, o que já era um número estratosférico. Agora, são 150,7 mil e 142,7 mil foram vendidos”, afirma Araújo.

6) CCJ aprova desconto de aluguéis residenciais em folha de pagamento

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 9/12/25, o Projeto de Lei nº 462/2011, que autoriza o desconto em folha de pagamento para aluguéis residenciais. A medida é considerada um avanço para o mercado imobiliário, pois garante maior segurança aos locadores e facilita o cumprimento das obrigações pelos locatários. Pelo texto, servidores públicos e trabalhadores regidos pela CLT poderão autorizar, de forma irrevogável, a consignação de até 25% do salário líquido para o pagamento de aluguel e encargos, respeitando o limite de 50% para todas as consignações voluntárias. O desconto só poderá ser suspenso mediante apresentação da rescisão do contrato de locação.

7) Caixa muda regra e volta a permitir dois financiamentos imobiliários ao mesmo tempo

A Caixa anunciou nesta terça-feira (9) que voltou a permitir que clientes contratem mais de um financiamento imobiliário com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). A medida, que estava suspensa desde novembro de 2024, faz parte de um pacote de mudanças iniciadas neste ano para aliviar restrições de crédito, ampliar o acesso à moradia e impulsionar o setor de construção civil. Na prática, a regra derruba uma trava que impedia que clientes com um financiamento ativo, assim como seus cônjuges - independentemente do regime de casamento-, contratassem um segundo empréstimo imobiliário pelo banco. A restrição durou 13 meses, período em que a Caixa tentou evitar um descompasso maior entre a demanda por crédito e a liquidez reduzida do SBPE.

8) JHSF fecha venda de R$ 5,2 bilhões em imóveis para fundo garantido por Bradesco, Itaú e XP

A JHSF, dona de uma rede de negócios de luxo que inclui Fasano, Cidade Jardim e Fazenda Boa Vista, concluiu a venda de um pacotão de 496 lotes, casas e apartamentos — uma das maiores vendas de imóveis residenciais de uma só vez na história do mercado imobiliário brasileiro. A megaoperação foi articulada para separar os negócios da JHSF e injetar capital na holding, que agora terá mais dinheiro em caixa do que dívidas a pagar, ganhando muita tranquilidade para pensar nos próximos passos. A venda saiu pelo valor de R$ 5,2 bilhões (acima dos R$ 4,7 bilhões divulgados inicialmente) e teve como comprador um novo fundo de investimento imobiliário (FII) cujos recursos foram garantidos por Bradesco, Itaú e XP.

9) Construtora é autuada por anunciar oito empreendimentos sem registro de incorporação

Uma operação conjunta do CRECI-SC e do PROCON-SC autuou, nesta terça-feira dia 09 de dezembro, uma construtora de Balneário Camboriú por anunciar oito empreendimentos sem registro de incorporação. Os imóveis estavam divulgados no site e nas redes sociais da empresa, configurando crime previsto na Lei de Incorporação Imobiliária. Corretores vinculados à construtora também foram autuados por intermediação irregular, e três pessoas foram notificadas por exercício ilegal da profissão. O CRECI-SC reforçou que apenas profissionais registrados podem intermediar transações imobiliárias.

10) A lacuna crescente do mercado: aptos de R$ 2 mi a R$ 10 mi

Rodrigo Luna, o presidente do Secovi-SP, nota que essa faixa de compradores está sendo ignorada pelas incorporadoras. “Hoje há um preconceito contra tudo que se desenvolve para esse grupo – tanto do ponto de vista urbanístico quanto econômico-financeiro,” Luna disse ao Metro Quadrado. Com os juros elevados, o mercado concentrou lançamentos no segmento de altíssimo padrão – onde os compradores são menos sensíveis ao juro e à inflação – e na habitação popular, que conta com mais incentivos à produção. O segmento de R$ 2 milhões a R$ 10 milhões não sofre tanto com os juros altos quanto a classe média que recorre ao FGTS para comprar imóveis de até R$ 1,5 milhão, mas está num meio do caminho que põe na conta tanto o peso do financiamento bancário quanto o custo de oportunidade de deixar o dinheiro aplicado em renda fixa, enquanto aqueles que compram imóveis acima de R$ 10 milhões ligam pouco para as variações da Selic.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um entusiasta do mercado imobiliário.