1) De Itaú ao Santander, economistas de bancos veem o fim do ciclo de alta da Selic
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a Selic para 14,75% ao ano foi interpretada por economistas e analistas dos principais bancos como o provável encerramento do ciclo de alta iniciado em setembro do ano passado. A mudança no tom do comunicado pós-reunião - que abandonou a sinalização explícita de novos aumentos - reforçou entre os economistas a leitura de que a taxa de juros deve permanecer em patamar elevado por um período prolongado, mas sem novos ajustes.
2) Maior prédio do mundo: residencial Senna Tower é lançado com mega coberturas de até R$ 300 milhões e VGV bilionário no País
Localizado em Balneário Camboriú, o maior prédio residencial do mundo foi lançado neste sábado (10). O Senna Tower tem mais de 550 metros de altura, com megacoberturas que ultrapassam os R$ 300 milhões e VGV de R$ 8,5 bilhões. O projeto, da FG Empreendimentos, marca Senna e Havan, é fruto de mais de cinco anos de estudos e promete redefinir o conceito de luxo e inovação na construção civil brasileira. O empreendimento faz parte da categoria supertall, destinada a edifícios com mais de 300 metros de altura. Ao todo, serão 228 unidades: 18 mansões suspensas, de 420 a 563 m²; 204 apartamentos, de até 400 m²; 4 coberturas duplex, de 600 m²; e 2 megacoberturas triplex, de 903 m². O edifício contará com sete elevadores de alta performance, os mais rápidos do Brasil, capazes de percorrer do térreo ao último andar em menos de um minuto.
3) Queda na poupança no 1º tri passa 2024 e freia expansão da construção civil, diz CBIC
A captação líquida da caderneta de poupança registrada entre janeiro e março deste ano já é menor do que a observada em todo o ano passado. No primeiro trimestre de 2025, os saques na poupança superaram os depósitos em R$ 34,6 bilhões, ante captação negativa de R$ 21,7 bilhões em 2024, segundo cálculos divulgados pela CBIC. A entidade destaca que a fuga de capital freia a expansão da construção civil, que tem parte dos custos financiada por recursos da poupança. Mas, desde 2021, a poupança vem perdendo depósitos depois de atingir o ápice em 2020, primeiro ano de pandemia, quando os depósitos superaram os saques em R$ 125,3 bilhões. Desde então, as perdas ano a ano já somam R$ 244,12 bilhões.
4) Queda nos lançamentos e alta nas vendas impulsionam mercado imobiliário brasileiro em 2025
Os lançamentos no primeiro bimestre somaram 40,8 mil unidades, queda de 7% em relação ao ano anterior. Em contrapartida, as vendas cresceram 17% no mesmo período, totalizando 63,9 mil unidades. A oferta disponível no mercado também apresentou retração, com declínio de mais de 8%. O cenário de incerteza macroeconômica pode ajudar a explicar a diminuição nos lançamentos, assim como o bom desempenho do mercado de trabalho e o aumento do rendimento médio das pessoas ocupadas podem explicar a alta nas vendas. Apesar do recuo nos lançamentos no início do ano, a entidade representativa da indústria nacional da construção civil manteve a projeção de crescimento de 2,3% para o setor em 2025, apoiada na expectativa em torno da nova faixa do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV), voltada para a classe média.
5) MCMV foi responsável por 50% dos imóveis contratados em 2024, diz ministro
O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que o programa Minha Casa, Minha Vida foi responsável por mais de 50% das unidades habitacionais contratadas no setor imobiliário em 2024. A declaração foi realizada durante o evento em Brasília, nesta terça-feira (6), que anunciou a aquisição de parte da Agência INFRA pelo grupo Esfera Brasil, do presidente-executivo da CNN, João Camargo. “O Minha Casa, Minha Vida foi responsável no ano passado por mais de 50% de tudo aquilo que foi lançado no setor imobiliário no país. Batemos o primeiro recorde em 2023, quando alcançamos 492 mil unidades habitacionais contratadas”, afirmou. “Chegamos em 605 mil unidades contratadas em 2024 e vamos superar 600 mil neste ano, podemos chegar a 700 mil.” A Caixa Econômica Federal iniciou na última segunda-feira (5) a operação do crédito imobiliário da Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida.
6) Isentas de imposto de renda, LCIs também serão emitidas por financeiras
O Banco Central (BC) aprovou a emissão de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) pelas sociedades de crédito, financiamento e investimento, popularmente conhecidas como financeiras. A medida passará a valer a partir de 1º de julho. Com isso, as financeiras terão mais um instrumento de captação de recursos, com o potencial de incentivar no mercado de crédito imobiliário, diz o BC. Mas, na prática, a decisão também pode ampliar o interesse por esses títulos de renda fixa, isentos de imposto de renda e com forte apelo no varejo.
7) Prefeito de SP quer limitar preço de apartamento popular após ‘desvio’ para público de renda maior
A Prefeitura de São Paulo está elaborando um decreto para limitar o valor dos apartamentos de baixa renda vendidos por construtoras e incorporadoras que receberam benefícios municipais milionários. “Realmente, não é possível a pessoa comprar por R$ 1 milhão e alugar para alguém de baixa renda. Tem de ter correlação entre o investimento e aquilo que teria de aluguel para a gente não ter fraude”, afirmou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) em agenda pública sobre outro tema na quinta-feira, 8. “É importante que a gente tenha consciência de que as políticas habitacionais precisam acontecer. E os empresários que investem precisam ter a sua responsabilidade”, afirmou. A gestão Nunes também prepara um projeto de lei que proibirá o aluguel dos apartamentos para baixa renda que receberam benefícios municipais.
8) CDU aprova projeto que amplia responsabilidade de empreiteiras e construtoras
A Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Câmara dos Deputados aprovou, o Projeto de Lei 5605/2019, que propõe mudanças significativas no regime de responsabilidade civil dos empreiteiros. O projeto altera o artigo 618 do Código Civil, estendendo de cinco para dez anos o prazo de responsabilidade pela solidez e segurança da obra. Além disso, o substitutivo apresentado pelo relator introduz prazos diferenciados conforme a natureza dos defeitos: cinco anos para falhas em elementos construtivos ou instalações que inviabilizam o uso da edificação e dois anos para defeitos de acabamento ou em equipamentos fornecidos por terceiros.
9) A rua de São Paulo onde velhas fábricas estão virando Minha Casa, Minha Vida
Uma rua da zona leste de São Paulo passou 13 anos sem lançar um prédio residencial. Localizada em uma área historicamente industrial, a Rua Joaquim Carlos, no Belenzinho, ao lado do Brás, agora soma três projetos voltados para a baixa renda, todos iniciados no último trimestre do ano passado. Espaços que antes abrigavam fábricas, galpões e depósitos vão se transformar em edifícios com subsídios do Minha Casa Minha Vida. Os projetos, todos vizinhos imediatos um do outro, são tocados por Cury, Plano&Plano e Vivaz, da Cyrela, e somam 1.729 unidades. Embora estejam sendo lançados agora, os empreendimentos são resultado do Plano Diretor de 2014, que buscou incentivar a construção de residenciais em áreas industriais, que estão muito próximas dos eixos de transporte. Além disso, com o aumento do preço do metro quadrado em São Paulo, a produção industrial começou a ficar inviável nessas regiões mais centrais, desativando os galpões e esvaziando a área.
10) Pablo Marçal lança condomínio de luxo em Goiás com processo seletivo para moradores
O empresário e Pablo Marçal anunciou o plano de construir um condomínio de luxo na cidade histórica de Pirenópolis, no interior de Goiás. Contudo, para residir no espaço, é preciso passar por um processo seletivo que vai beneficiar pessoas que desejam “prosperar”. Segundo Marçal, o empreendimento será reservado para “poucas pessoas” que desejarem fazer um “networking” enquanto vivem no local. O condomínio se chama Riviera da Comenda e fica localizado na zona rural de Pirenópolis. Distante 152 quilômetros de Brasília, a cidade é conhecida por ser um destino turístico de moradores da capital do país. Se referindo a Pirenópolis como “Europa do Estado de Goiás”, Marçal disse que vai escolher os moradores “a dedo”. “Não é o seu dinheiro que faz você entrar aqui, você precisa ser selecionado para estar aqui”, disse.
Caso queira receber a IncorporaNews direto no seu e-mail, cadastre-se em: https://oincorporador.com.br/incorporanews.
Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um entusiasta do mercado imobiliário.