O período chuvoso pode atrapalhar o andamento de alguns estágios das obras, principalmente os que envolvem escavação, impermeabilização e pintura. Nesse sentido, o planejamento precisa ser feito considerando essas épocas em que há maior ocorrência de chuvas, para que os trabalhos sejam melhor aproveitados, sem prejuízos ou atrasos imprevistos. No início deste ano, Goiânia registrou o maior índice de chuvas para a época, com aumento de 113%, o que chama atenção para a programação para o próximo período chuvoso, que se iniciará em outubro.

De acordo com o Diretor Técnico da O.M Incorporadora, Ulisses Ulhôa, todos os projetos consideram o clima e tentam ajustar as etapas conforme cada época do ano. “Normalmente, pensamos muito na possibilidade de iniciarmos as obras logo no final do período chuvoso, quando é possível. Quando não é possível, iniciamos e dilatamos um pouco as durações de serviços que sofrerão impacto devido à chuva”, destaca.

No entanto, de acordo com Ulisses, mesmo com o planejamento necessário, acontece de alguma etapa ser afetada, mesmo que as obras sejam iniciadas em uma época considerada ideal. Segundo o diretor técnico, nessa questão, o melhor período para iniciar as obras é no mês de março, quando a ocorrência das chuvas começa a declinar no Estado.

Se tratando de clima, é sempre possível que os planos não sejam totalmente cumpridos, devido à imprevisibilidade. Em alguns anos atípicos as chuvas podem ocorrer mesmo em épocas incomuns, ou em uma frequência e volume acima do esperado, como foi este ano.

No último verão, iniciado em dezembro de 2024 até fevereiro de 2025, Goiânia registrou mais chuvas que o normal, de acordo com o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia). O período teve 842,8 mm de chuva, superando a média histórica sazonal de 745,8 mm, ou seja, um aumento 113% no volume de chuvas.

Ulisses detalhou que a construção civil se adapta ao clima como pode. “Todos os estágios podem ser executados durante a chuva, mas nos dias de muita chuva alguns serviços são prejudicados quanto ao cronograma. Até mesmo paralisados, aguardando a chuva passar”, ressaltou afirmando ser o caso de serviços de escavação, fundação, impermeabilização, reboco e pintura de fachada. O diretor técnico enfatiza que, mesmo com planejamento, uma etapa ou outra sofrerá intercorrências. “De acordo com o cronograma de cada obra, cada uma estará em um estágio diferente. Mas, haverá todos os estágios em execução se considerarmos todas as obras”, pontuou.

Em anos atípicos como em 2025, o diretor técnico da O.M confirma que podem haver alterações pontuais, mas assegura que os impactos são controlados. “Neste caso, dependendo do estágio da obra, há um atraso e temos que replanejar os estágio futuros para não haver impacto no prazo final da obra”, disse.