A demanda por imóveis compactos é uma tendência que cresce no país e está remodelando o mercado imobiliário. A mudança está atrelada ao novo perfil de compradores, que agora é mais jovem e com uma renda menor, o que impulsiona a procura por imóveis com metragem reduzida e mais bem localizados, para facilitar o transporte nos grandes centros urbanos.

O perfil de famílias menores do que nas décadas anteriores também é um fator que colabora com a tendência. Em geral, as famílias estão tendo menos filhos e a quantidade de jovens que moram sozinhos têm aumentado. O resultado é que o tamanho das unidades se tornou menos importante do que a localização e a comodidade dos serviços próximos, para a grande maioria.

O impacto foi a expansão da demanda por compactos bem localizados, com grande desejo desse perfil de consumidor em imóveis em regiões centrais, com maior infraestrutura, qualidade de vida associada e disponibilidade de meios de transporte.

Em geral, o público mais jovem prefere por unidades mais compactas devido ao estilo de vida. O fator de destaque passou a ser a proximidade do trabalho, menores custos de manutenção e alta rentabilidade.

Os dados comprovam a mudança. De acordo com dados da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), em 2024, os imóveis de até 50 metros quadrados, chamados de compactos, representaram cerca de 40% do total vendido no ano. Foram cerca de 4.324 unidades do tipo vendidas na capital, ao todo.