Vista de Goiânia, do Setor Bueno, Oeste e o Setor Central na década de 1970. Foto: Reprodução/Instagram Goiás Tem História

O Setor Bueno foi originado graças a um pagamento por serviços de engenharia prestados durante a construção de Goiânia. Pedro Ludovico Teixeira pagou os irmãos engenheiros Abelardo e Jerônymo Coimbra Bueno, que prestaram serviços na construção da capital, com terras nas áreas dos bairros, que anos depois, seriam batizados com seus sobrenomes.

O Bueno foi oficialmente criado em 1951. À época, a área era distante do centro urbano da capital, que crescia às margens do córrego Botafogo, formada pela junção das fazendas Criméia, Vaca Brava e Botafogo, no então município de Campinas.

De acordo com os historiadores, no início da década de 1950, o Setor Bueno era uma chácara onde carroceiros moravam e plantavam e o local era considerado periférico, sem grandes estruturas, além do córrego que corria na área onde hoje está localizado o Goiânia Shopping. O Setor era considerado a última fronteira da cidade e acabava na região em que atualmente se encontram as Avenidas Mutirão com a 85.

Ainda conforme os relatos históricos, somente a partir da década de 1960, com a chegada de muitos moradores na região central da capital, a população começou a se expandir e ocupar as áreas mais distantes. O número de habitantes na região cresceu de 40 mil em 1950 para 360 mil em 1960.

Atualmente, o Setor Bueno é o bairro mais adensado de Goiânia, com mais habitantes por área. Segundo dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, o setor reúne 12.504,5 habitantes por quilômetro quadrado.

Em 2022, o Setor Bueno tinha 53.221 moradores em mais de 28 mil domicílios. Apesar da densidade demográfica, o bairro continua se expandindo e a demanda por novos empreendimentos também. A região é uma das mais valorizadas da cidade, pela boa localização, oferta de serviços, comércios e facilidades de acesso.

Abelardo e Jerônymo não poderiam imaginar o potencial e as dezenas de empreendimentos que surgiriam nestas terras, que um dia, foram apenas pasto e moeda de troca originada da construção civil. Agora, a região que antes era periférica, foi engolida pela cidade, e continua crescendo verticalmente nos projetos imobiliários mais desejados da capital construída por eles.