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Com previsão de movimentar até R$ 133 bilhões até 2030, o mercado brasileiro de luxo passa por transformações que devem impactar diretamente o setor imobiliário. Segundo um estudo da consultoria Bain & Company, o segmento de imóveis de alto padrão é um dos que mais crescem, impulsionado por tendências como hiperpersonalização, sustentabilidade, eficiência energética, tecnologia e conveniência.

A pesquisa estima que, até o fim da década, o Brasil terá 1,5 milhão de pessoas com alto poder aquisitivo, concentradas principalmente nas regiões Sudeste e Sul. Esse novo perfil de consumidor buscará experiências sofisticadas, ágeis e personalizadas, o que exigirá do mercado e dos corretores, uma atuação cada vez mais estratégica e especializada.

“O corretor de imóveis precisa acompanhar de perto as mudanças no comportamento dos consumidores e se preparar para uma concorrência mais acirrada, com novos perfis de profissionais e plataformas digitais”, afirma Diogo Martins, CEO do Instituto Brasileiro de Educação Profissional (IBREP). Fundado em 2006, o instituto é referência nacional na formação de corretores e já capacitou milhares de profissionais em mais de 40 polos espalhados pelo país.

Segundo Diogo, os consumidores exigem atendimento humanizado, domínio técnico e uma leitura estratégica do mercado. “No IBREP, temos disciplinas específicas sobre comportamento do consumidor, humanização no atendimento e uso de ferramentas digitais. Também orientamos nossos alunos a acompanharem as variações da Selic e as movimentações econômicas que influenciam o setor”, explica.

Quando o assunto é o mercado de luxo, a exigência vai ainda mais longe. “O corretor precisa ir além da intermediação tradicional. Muitos já oferecem experiências diferenciadas, como passeios de helicóptero, iates ou até viagens internacionais, para encantar um público exigente, que valoriza cada detalhe”, complementa o CEO do IBREP. A instituição conta, inclusive, com uma disciplina exclusiva voltada ao segmento de alto padrão.



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O que o consumidor de luxo vai exigir até 2030?

De acordo com a Bain & Company, essas são as cinco principais prioridades que vão guiar as decisões de compra dos consumidores de alto poder aquisitivo nos próximos anos:

1. Hiperpersonalização   

Propostas totalmente adaptadas às preferências do cliente e micro nichos de interesse, com vantagens exclusivas e benefícios personalizados.

2. Valor social e ambiental

Valorização de imóveis com origem diferenciada, exclusividade e compromisso com impactos sociais e ambientais positivos.

3. Acesso em qualquer lugar

Integração total entre canais físicos e digitais, com experiências de compra fluídas, seguras e práticas.

4. Agilidade e praticidade

Serviços rápidos, com múltiplos pontos de atendimento, rastreabilidade e informações claras para decisões assertivas.

5. Atendimento humanizado

Mesmo com o avanço da tecnologia, a relação com o corretor precisa ser empática, calorosa e personalizada.

Com base nesse cenário, o setor imobiliário de alto padrão se prepara para um ciclo de expansão, onde sofisticação, eficiência e conexão emocional serão os grandes diferenciais. Para os profissionais do setor, estar atento a essas tendências e buscar qualificação constante será essencial para atender a um mercado cada vez mais exigente e em transformação.