Com inspiração trazida dos países asiáticos, que utilizam robôs humanóides para serviços e até para execução de trabalhos mais pesados, incorporadoras brasileiras começaram a investir na tecnologia. A Séren Incorporadora foi pioneira em Goiânia, anunciando um robô humanóide como parte do diferencial empregado em seu último lançamento, o Séren Hausen.

Em São Paulo, a Patriani foi além e anunciou que começará a testar os robôs humanóides nos canteiros de obras até o final de 2026. Neste caso, eles serão utilizados para executar as tarefas mais pesadas e repetitivas, como trabalhos de risco e carregamento de materiais.

Esse tipo de robô ainda é pouco usado e popular no mercado imobiliário, apesar de já ser bastante empregado na área industrial. Segundo o Estadão, a Patriani revelou que cada robô destinado ao canteiro de obras custará cerca de U$ 30 mil.

Primeiro robô humanóide em prédio de Goiânia

O Séren Hausen, último lançamento da Séren em Goiânia, será o primeiro prédio residencial da capital com um robô humanóide no sistema de delivery. O robô, com características humanas, como braços, pernas e estrutura física, será responsável por realizar entregas internas de itens recebidos na portaria até a porta de cada apartamento, com segurança, autonomia e discrição.

De acordo com a Séren, o humanóide faz parte do Séren Solutions, conjunto de tecnologias exclusivas e, em muitos casos, patenteadas pela incorporadora. Segundo o CEO da Séren, Fabiano Almeida, a implementação de novas tecnologias nos empreendimentos faz parte do DNA da incorporadora.

“A gente acompanha muito essa evolução tecnológica, mas isso está entranhado nas veias da Séren em função de ser um dos nossos pilares, então nós temos mais do que obrigação de trazer o que tem de mais novo no mundo para ser instalado, para operar nos nossos empreendimentos e a gente faz isso porque gosta”, enfatizou Fabiano.

Segundo o CEO, o robô possui funções que podem ser direcionadas para a finalidade escolhida, o que agrega dinamismo ao investimento. “Você consegue fazer uma personalização de uso mais específica, ou seja, eu quero que esse humanóide faça uma atividade que eu não preciso de um setup, eu simplesmente determino o que eu quero que ele faça, as atividades, e ele vai executar aquilo como se fosse um ser humano mesmo, um empregado, um funcionário, vamos dizer assim”, detalhou.

A tendência é que os robôs sejam figuras cada vez mais frequentes no cotidiano daqui para frente, o que, com o tempo, será um costume comum nos novos empreendimentos, tanto corporativos quanto residenciais. “Hoje já conseguem (os humanóides) nos atender no que queremos, no que precisamos, no que se propõe o empreendimento. Mas daqui quatro anos, quando vai ser efetivada a entrega do Hausen, por exemplo, a gente não tem dúvida de que isso vai estar no outro nível, melhor ainda, vamos dizer assim. Então, esse tipo de dispositivo passa a fazer parte de todos os nossos empreendimentos”, pontuou Fabiano Almeida.