Goiânia está entre as melhores cidades brasileiras para viver após a aposentadoria, segundo pesquisa da Urban Systems. O Índice de Qualidade Mercadológica da capital foi de 6,334, classificado como alto, segundo o estudo. Vale lembrar que, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil já é a sexta nação com o maior número de idosos no mundo.

A pesquisa levou em consideração o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, como a longevidade e a renda. A qualidade de vida das pessoas que moram em casas onde há no entorno arborização e acessibilidade. Visto que esses requisitos impactam diretamente na vitalidade dos seniores – pessoas 60+, que, na maioria das vezes, têm a mobilidade reduzida com os anos.

O levantamento também avaliou o oferecimento de leitos hospitalares (em hospitais e pronto socorros), que são fatores fundamentais para a qualidade de vida dos aposentados, “municípios sem essa oferta foram retirados do índice”, informou a Urban Systems.

Ao todo, 3.634 municípios foram avaliados, mas apenas 60 aparecem no ranking. Além do quesito leitos para atender os idosos, também foi avaliado a porcentagem de pessoas com mais de 60 anos com plano de saúde.

Os dados usados pelos pesquisadores são do Ministério da Saúde, por meio do Datasus, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Projeções Urban Systems.

De modo geral, Goiânia aparece com frequência entre as melhores cidades do Brasil, destacando-se pela alta qualidade de vida, sendo classificada como a 2º capital com melhor qualidade de vida em alguns rankings recentes (como o IPS Brasil 2025) e uma das melhores em desenvolvimento humano (ONU), com boa infraestrutura, muitas áreas verdes, bom saneamento e oportunidades econômicas.

Um dos fatores que impulsiona esse saldo positivo são os investimentos em bairros planejados, que proporcionam qualidade de vida, contato com a natureza e segurança. A CINQ Inteligência Urbana, por exemplo, tem a linha Parville e, recentemente, lançou o Cidade do Amanhã.

Em entrevista à AutImob, o sócio-fundador da CINQ, Eduardo Oliveira, explicou que a incorporadora se preocupa com todas as etapas da vida humana – do nascimento à velhice. O engenheiro ainda ressalta que ao longo dos anos, no decorrer do crescimento das cidades esse público deixou de ser assistido e, por consequência, ficaram limitados a suas próprias casas.

Portanto, destaca que o mercado precisa desenvolver produtos que vão além do morar bem, mas que resgate para os seniores a convivência e o contato com a natureza.

“A senioridade vai além dessa visão de entregar um produto imobiliário. Nós temos que entregar tempo, nós temos que entregar a convivência, nós temos que entregar a humanidade resgatada, nós temos que entregar a caminhabilidade para as pessoas”, destacou o sócio da CINQ.

Eduardo ainda reforçou que é preciso pensar no urbanismo mais humano, onde as gerações possam congregar em harmonia. Vale lembrar que o Brasil está envelhecendo rapidamente e que, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 45 anos, 37,8% da população será idosa. Por isso, o desenvolvimento de áreas e políticas públicas para esse público é urgente.