Foto: Sylt Sotheby’s International Realty/Kolja Erdmann/Revista Forbes Brasil

A casa histórica alemã, chamada de Weissenhaus, fundada em 1607 pela família Pogwisch, segue imponente, localizada e na costa do Mar Báltico. A propriedade, avaliada em 185 milhões de euros, cerca de U$200 milhões e R$1,184 bilhão, resistiu às guerras e às transformações arquitetônicas ao longo do tempo.

A propriedade é recém-listada pela Sylt Sotheby’s International Realty pelo seu valor financeiro e histórico. As 40 estruturas espalhadas entre áreas verdes e a costa do Mar Báltico, representam, cada um com sua peculiaridade, as diversas fases da arquitetura do norte europeu, fazendo com que a configuração da Weissenhaus se assemelhe mais a uma instituição cultural do que a uma residência, tamanha riqueza do acervo envolvido.

A Weissenhaus possui quase 3,2 quilômetros de litoral privativo, mais de 75 hectares de jardins paisagísticos e construções que seguem movimentos arquitetônicos em vez de tendências, sendo este um grande diferencial. A casa já nasceu rompendo os padrões daquele tempo, com fachada caiada de branco ao invés de madeira e pedras expostas, comuns à época.

A localização também é um diferencial: a propriedade está a cerca de 112 quilômetros de Hamburgo de carro, ou a 20 minutos de helicóptero. Ao contrário de grande parte da costa do Báltico, Weissenhaus oferece acesso praticamente ininterrupto ao mar.


Foto: Sylt Sotheby’s International Realty/Kolja Erdmann/Revista Forbes Brasil


Cultura histórica que resistiu

Ao longo das gerações, a residência evoluiu e sua base renascentista holandesa deu lugar à simetria barroca por volta de 1730. Em 1735, a família Platen Hallermund assumiu a propriedade, conduzindo a transição dos jardins franceses formais para um jardim paisagístico ao estilo inglês, em 1818.

Infelizmente, em 1895 a Weissenhaus foi atingida por um incêndio, que destruiu parte da propriedade. Apesar dos danos, a adega abobadada original do século XVII resistiu, servindo de base para a reconstrução do casarão em 1897, no estilo wilhelmino, com simetria de 13 eixos, telhados mansarda, fachadas simétricas com detalhes ornamentais, e design aristocrático da era wilhelmina.Um compromisso com o artesanato em vez da nostalgia.

Assim como muitas propriedades históricas européias, a Weissenhaus foi adaptada no pós-guerra. De 1952 a 1975, funcionou como escola técnica e, com o passar do tempo, junto com as mudanças nos gostos dos europeus, a propriedade também se transformou. A base renascentista holandesa cedeu à simetria barroca por volta de 1730, com sua silhueta refletindo lentamente os estilos arquitetônicos que se espalhavam pelo continente.

Resistindo ao tempo, atualmente, a propriedade possui 70 acomodações para hóspedes, distribuídas entre casas de fazenda restauradas, cocheiras e o casarão principal. Nenhuma delas é igual à outra. A propriedade ainda conta com um spa, com 2.500 metros quadrados.

Com informações da Revista Forbes