1) Bancos recuperam 98% do total devido em empréstimos imobiliários

O sistema de alienação fiduciária para financiamento de imóvel garantiu a recuperação de 98,2% dos valores devidos em empréstimos registrados em cartórios nos últimos três anos e meio. O levantamento sobre a cobrança de inadimplentes é do Operador Nacional do Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis (ONR). No contrato de alienação fiduciária, o devedor mantém o bem e pode usufruir dele, enquanto o credor passa a ser o proprietário legal. Quando a dívida é paga, a propriedade plena volta a ser do devedor. Se houver inadimplência, o credor pode tomar o bem e vendê-lo para quitar parte da dívida (Lei nº 9.514, de 1997).

2) Economistas criticam juro elevado apesar de inflação baixando rumo à meta

Mesmo com a redução nas expectativas de inflação, o Copom do BC decidiu manter a Selic em 15% na reunião de quarta-feira (5). Ainda há mais um encontro do colegiado neste ano, em dezembro, mas o mercado espera que o juro caia somente em 2026. Especialistas ouvidos pela CNN Brasil apontam a contradição da política monetária se manter restritiva mesmo com um de seus principais fundamentos apontando o contrário --- se a inflação caminha para a meta e o crescimento segue moderado, a manutenção de juros altos deixaria de ser uma ferramenta de controle e passa a funcionar como obstáculo à retomada econômica. Tanto que algumas casas de investimento projetam que a inflação ficará abaixo da tolerância neste ano.

3) Quinto Andar teme perda de R$ 537 milhões com ação sobre taxas de serviço

O Quinto Andar está aguardando o julgamento de um processo que pode causar estrago de R$ 537 milhões nas suas contas e no seu modelo de negócios, tema que pode afetar também outras empresas de plataformas digitais. O que está em jogo é a discussão sobre a legalidade na cobrança da taxa de serviços dos usuários do site, bem como da taxa de reserva de imóveis. A 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro proibiu o Quinto Andar de cobrar as duas taxas e ainda mandou devolver em dobro os valores recolhidos, conforme sentença de abril de 2024. A companhia recorreu para a 1ª Câmara de Direito Privado, que suspendeu os efeitos da sentença até julgamento na segunda instância, ainda sem data. A ação foi movida pelo Ministério Público (MP) do Estado.

4) CPI quer abrir contas de CEO de imobiliária que disse comprar apartamento popular para lucrar mais

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de São Paulo que investiga a venda e o aluguel de apartamentos populares para público de maior renda solicitou nesta terça-feira, 4, a quebra dos sigilos bancário e fiscal da imobiliária Midrah e de seus sócios. Instalada em setembro, a CPI apura possíveis “desvirtuamentos” na destinação de apartamentos erguidos por construtoras e incorporadoras com incentivos públicos da Prefeitura. Em vez de serem vendidos ou alugados para a população de baixa renda, esses imóveis eram arrematados por um público de maior poder aquisitivo.

5) Novas regras do saque-aniversário do FGTS preservam recursos para habitação de interesse social

Entraram em vigor no dia 1º de novembro as novas regras para a antecipação do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). As mudanças, aprovadas pelo Conselho Curador do FGTS, ajustam as condições para contratação de empréstimos com base nos valores que os trabalhadores poderiam receber nos próximos anos. Essas alterações são positivas para o setor da habitação, na medida em que ajudam a preservar os recursos do FGTS para investimentos em habitação de interesse social, infraestrutura urbana e saneamento — áreas essenciais para o desenvolvimento urbano.

6) One stop shop: conheça a nova tendência do mercado imobiliário

One stop shop, conceito de negócios que, em Português, significa “loja de parada única”, tudo num só lugar, que emergiu nos Estados Unidos no começo do século passado, vem se ressignificando mundo afora. Hoje, no Brasil, a prática do one stop shop não se restringe apenas ao comércio varejista, ao e-commerce e às lojas de conveniência. Abrange um leque maior que inclui a prestação de serviços no setor produtivo em geral, se colocando, em suma, como uma excelente alternativa para quem busca menos burocracia, visa à otimização do tempo e não abre mão da excelência em curadoria.

7) Setor imobiliário impulsiona nova fase profissional para quem tem mais de 60 anos

Com o envelhecimento da população brasileira, o mercado de trabalho tem se reinventado - e o setor imobiliário vem se destacando nesse movimento. Segundo o Censo Demográfico de 2022, o país já conta com 32,1 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o equivalente a 15,8% da população - crescimento de 56% em relação ao último levantamento. Um estudo do Grupo OLX, com base na PNAD Contínua do IBGE, mostra que esse público já representa 20% dos corretores de imóveis no Brasil, quatro pontos percentuais a mais do que em 2019. O dado reforça que envelhecer, hoje, não significa desacelerar, mas seguir ativo, produtivo e socialmente engajado.

8) Construtoras americanas enfrentam dificuldades com tarifas e deportações de Trump

Quando o presidente Donald Trump disse que implementaria tarifas abrangentes e intensificaria a repressão à imigração, alertas ecoaram na indústria da construção. As políticas ameaçavam aumentar os custos de construção e privar o setor de uma importante fonte de mão de obra, num momento em que as altas taxas de juros já estavam deprimindo a atividade da construção civil. Essas forças estão convergindo para as construtoras, sobrecarregando-as e representando um potencial entrave para a economia. O aumento dos impostos de importação sobre aço, cobre, madeira e outros materiais está elevando os preços da construção e interrompendo alguns projetos. A fiscalização da imigração está agravando a escassez de mão de obra e atrasando obras.

9) Americanos demoram cada vez mais para comprar o primeiro imóvel, aponta pesquisa

A idade média dos compradores de primeira casa nos Estados Unidos subiu para um recorde de 40 anos, à medida que os preços elevados e as taxas de hipoteca nos últimos anos atrasam a aquisição de casa própria para milhões de americanos. A idade em que as pessoas compram sua primeira casa subiu rapidamente desde 2021, quando a média era de 33 anos, de acordo com uma pesquisa da Associação Nacional de Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em inglês). Em 1981, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez, a idade média era de 29 anos.

10) Medicina na PUC-Rio já atrai projeto imobiliário de R$ 220 milhões com ‘estúdios’

A graduação em medicina da PUC-Rio só deve começar a receber seus primeiros alunos no ano que vem, mas já foi determinante para que uma incorporadora batesse o martelo sobre projeto milionário: a Performance vai erguer, em frente ao campus da universidade, um residencial com R$ 220 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV). Parte importante das 189 unidades previstas será de “estúdios”, em uma oferta que mira sobretudo investidores que busquem locar os apartamentos para os médicos em formação da instituição vizinha.


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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um entusiasta do mercado imobiliário.