1) Vendas de imóveis têm alta de 15,7% no 1º trimestre, puxadas pelo Minha Casa, Minha Vida

As vendas de imóveis no Brasil cresceram 15,7% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, com 102.485 unidades residenciais comercializadas entre janeiro e março. Na comparação com o último trimestre do ano passado, houve queda de 4,2%. Os números constam na pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 19, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) exerceu importante participação no volume de vendas do primeiro trimestre. As transações vinculadas ao MCMV apresentaram um crescimento de 1,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior e um salto de 40,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2024.

2) Rentabilidade total do aluguel cresce após a pandemia e passa de 19% ao ano

Estudo inédito do QuintoAndar combina rendimentos com locação e valorização do imóvel; modelo BTR deve continuar crescendo. O mercado imobiliário residencial vive uma fase de transformação decorrente de mudanças nos hábitos de consumo aceleradas pela pandemia. De acordo com um estudo inédito realizado pelo QuintoAndar em parceria com o FGV/IBRE - e utilizando dados do IGMI-R, elaborado pela Abecip -, a rentabilidade total de imóveis residenciais alcançou até 19,1% ao ano em 2024, uma das máximas no período analisado. O levantamento revela que fatores como o aumento da demanda por aluguéis e a recuperação dos preços de imóveis nas grandes capitais foram determinantes.

3) Falta pedreiro e sobra influencer, diz CEO da Eztec

Numa call com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre, o CEO da Eztec, Silvio Zarzur, reclamou da dificuldade de achar mão de obra qualificada em São Paulo – e atribuiu o atraso em algumas obras a isso. “As pessoas não querem mais trabalhar com obra. Querem ser influencer ou motoboy,” disse Zarzur. O executivo disse que tem buscado soluções de tecnologia para diminuir a necessidade de mão de obra nos canteiros, industrializando mais o processo.

4) CMN reduz prazo mínimo de LCIs e LCAs sem correção pelo IPCA

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira (22) a redução de nove para seis meses o prazo mínimo de vencimento das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) emitidas sem atualização por índice de preços. “Considerando-se a relevância desses títulos para o financiamento dos segmentos imobiliário e do agronegócio e com vistas a compatibilizar os princípios que nortearam a edição das citadas Resoluções com a necessidade de captação de recursos de forma sustentável para esses segmento”, diz o Banco Central em nota.

5) Faz sentido manter juros mais altos 'por um tempo mais prolongado', diz presidente do BC

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que faz sentido que o Banco Central mantenha taxas de juros em um patamar elevado, chamado de "mais restritivo" no jargão técnico, por um período mais prolongado de tempo. As declarações foram dadas durante palestra no 12th Annual Brazil Macro Conference, promovido pelo Banco Goldman Sachs, em São Paulo. Na semana retrasada, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic para 14,75% ao ano, o maior nível em quase 20 anos. O mercado financeiro acredita que essa foi a última elevação dos juros neste ano, e prevê cortes somente a partir de 2026.

6) BC: Instituições avaliam crédito habitacional ainda restritivo no 2º tri

As instituições financeiras no Brasil avaliam que as condições de oferta de crédito no segundo trimestre deste ano devem seguir restritivas, em especial no caso dos financiamentos imobiliários, informou nesta quinta-feira o Banco Central. De acordo com a Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito, o crédito habitacional enfrenta dificuldades ligadas ao custo e à disponibilidade de funding para as operações, além de fatores como o comprometimento da renda dos consumidores, a inadimplência e a menor tolerância ao risco.

7) Área de regulação do BC tem até dezembro para apresentar proposta sobre tarifa de portabilidade

O departamento de Regulação (Denor) do Banco Central tem até dezembro deste ano para apresentar à diretoria do órgão regulador uma proposta de regras para o Ressarcimento dos Custos de Originação (RCO). O assunto é tema de uma consulta privada feita pelo departamento a agentes de mercado, que deve durar até setembro. O RCO é uma tarifa cobrada pelos bancos de outras instituições nos casos de portabilidade de crédito. Quando um cliente leva um crédito imobiliário ou consignado para uma instituição diferente, por exemplo, o banco de origem cobra o RCO daquele que vai ficar com a operação.

8) Escassez de executivos pode frear construção civil, alerta headhunter de grandes construtoras

A potência do mercado imobiliário brasileiro esbarra na escassez de mão de obra, problema que se tornou crônico para a construção civil nos últimos anos. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), mais de 80% das empresas do setor enfrentam dificuldade de contratar novos profissionais. Da disputa por pedreiros ao desafio de encontrar executivos para o alto escalão, a carência de trabalhadores atrasa a entrega de projetos e tende a encarecer os empreendimentos.

9) Partnership no imobiliário: modelo de gestão é estratégia de retenção de talentos e expansão empresarial

No mercado imobiliário, a partnership pode ser considerada um modelo de gestão com potencial para oferecer benefícios reais e perenes para dois lados parceiros: as imobiliárias e os seus profissionais. A afirmação vem da experiência de décadas de construção de um modelo de sociedade com os gerentes de filiais, capaz de impulsionar o crescimento da empresa e, simultaneamente, de profissionais com mérito e capacidade de liderança. Além de impulsionar as carreiras dos colaboradores com mais experiência, o modelo de sociedade se tornou um incentivo para os jovens corretores que enxergam, na empresa, a oportunidade de trilhar um caminho de sucesso a médio e longo prazo.

10) Melnick avança em SP em acordo com a Yuny

A incorporadora gaúcha Melnick, uma ex-investida da Even, está finalmente conseguindo dar tração ao plano definido há cinco anos em seu IPO: expandir a operação. Depois de anunciar em janeiro o seu primeiro projeto em São Paulo (uma parceria com Even feita após o desinvestimento), a empresa está agora entrando como sócia em um projeto já em desenvolvimento da Yuny, o Quaddra Lorena, um residencial de luxo que será construído nos Jardins, com VGV de R$ 700 milhões. O acerto envolve uma joint-venture criada para este e outros projetos de luxo que devem ser lançados em São Paulo, mas não se trata de um acordo de exclusividade. O non compete que a Melnick tinha com a Even foi rompido no ano passado depois que Leandro Melnick, o fundador e CEO da incorporadora gaúcha, deixou a presidência do conselho da Even.


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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um entusiasta do mercado imobiliário.