O mercado imobiliário brasileiro vive uma fase de expansão acelerada e isso se reflete diretamente no número de profissionais que atuam no setor. Dados do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) mostram que o país encerrou 2023 com 554 mil corretores de imóveis ativos, contra 383 mil em 2018, o que representa um crescimento de 44% em cinco anos. Só na comparação entre 2022 e 2023, o aumento foi de 8%.

Esse crescimento também se estende às empresas. O total de imobiliárias em operação no Brasil saltou de 47 mil, em 2018, para 73 mil no fim de 2023, uma alta de 53%, segundo o mesmo levantamento.

Goiás acompanha tendência nacional

Em Goiás, o crescimento também é expressivo. Segundo dados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Goiás (Creci-GO), o estado fechou 2023 com 43 mil corretores de imóveis ativos, número que representa um salto significativo em relação aos últimos cinco anos, quando eram cerca de 30 mil profissionais registrados, uma alta de aproximadamente 43% no período.

O número de imobiliárias também cresceu. Em 2018, Goiás contava com pouco mais de 2.500 empresas ativas no setor. Em 2023, esse número ultrapassou as 3.800 imobiliárias, um crescimento superior a 50%, alinhado com o ritmo observado em todo o país.

Esse movimento reflete o bom momento do mercado imobiliário goiano, impulsionado pelo crescimento urbano, pela valorização imobiliária em cidades como Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia e Rio Verde, além do aumento da procura por imóveis de alto padrão e loteamentos horizontais.

Mercado atrativo e em transformação

A expansão revela uma tendência clara: o mercado imobiliário tem se tornado cada vez mais atrativo para profissionais que buscam autonomia, flexibilidade e oportunidade de ganhos proporcionais ao desempenho. A transformação digital também tem papel fundamental nesse cenário. Ferramentas tecnológicas, marketing digital e plataformas de atendimento remoto reduziram barreiras de entrada e ampliaram o alcance dos corretores.

De acordo com o presidente do Cofeci, João Teodoro da Silva, essa dinâmica acompanha o movimento de profissionalização do setor. “O mercado está mais dinâmico, mais transparente e mais tecnológico. Isso exige corretores mais preparados, mas também abre espaço para quem quer empreender”, afirma.

Alta rotatividade, mas com espaço para quem se qualifica

Embora o aumento no número de corretores chame a atenção, especialistas alertam que a atividade ainda apresenta uma taxa significativa de rotatividade. A profissão é desafiadora, especialmente por não oferecer remuneração fixa. O sucesso depende, muitas vezes, de rede de contatos, capacitação e domínio de ferramentas digitais.

Por outro lado, quem se dedica, estuda o mercado e investe em qualificação encontra um setor com grande potencial de crescimento. A própria expansão do mercado imobiliário, impulsionada por juros mais baixos nos últimos anos e aumento na demanda por moradia, ajuda a explicar o movimento.

Perfil do novo corretor

Nos últimos anos, o perfil do corretor de imóveis também tem passado por mudanças. A presença de jovens e mulheres no setor tem crescido, assim como o uso de redes sociais como ferramentas de prospecção e relacionamento com clientes. O profissional que se destaca hoje é aquele que alia conhecimento técnico, empatia no atendimento e capacidade de se posicionar de forma relevante no ambiente digital.

Crescimento deve continuar

A perspectiva é de que o setor continue aquecido nos próximos anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), o mercado imobiliário permanece como um dos motores da economia brasileira, sustentado pela demanda habitacional, investimentos em imóveis como proteção financeira e expansão de empreendimentos de médio e alto padrão.

Além disso, o avanço de plataformas e ecossistemas digitais, como a própria AutImob, oferece aos corretores e imobiliárias mais eficiência, agilidade e possibilidades de expansão dos negócios, tanto em Goiás quanto no restante do país.