Uma pesquisa realizada pela Brain Inteligência Estratégica sobre intenção de compra apontou que quase metade dos entrevistados tem o desejo de adquirir um imóvel nos próximos 24 meses. Entre as motivações destacadas, a principal continua sendo “não pagar mais aluguel”.

O levantamento foi realizado em setembro de 2025 e ouviu 1.200 famílias, com amostragens em todas as regiões do país. Considerando a amostragem total, a intenção de compra dentro do prazo máximo de dois anos foi positiva para 48% dos entrevistados. De acordo com a Brain, o indicador aponta alta de 2 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2024 (46%) e se consolida próximo à máxima histórica.

Na região Centro-Oeste, 42% das famílias entrevistadas desejam adquirir um imóvel nos próximos 24 meses. A maior intenção de compra está na região Sul com 56% das famílias desejando adquirir um imóvel nos próximos 24 meses.

Motivação para a compra

Conforme a pesquisa, a principal motivação para a compra de um imóvel continua sendo “Não pagar mais aluguel”, ainda que recuando de 37% em 2024 para 28%, o que representa mais de um terço dos entrevistados. Em contrapartida, a compra por “Investimento” demonstra uma retomada importante, apresentando forte crescente e atingindo 12%.

Atualmente, boa parte dos inquilinos está comprometida com aluguéis entre R$ 1 mil e R$ 2 mil mensais. Um custo significativo que reforça a percepção de que seguir pagando por algo que não é seu já não faz mais sentido para muitos brasileiros.

Busca pelo imóvel ideal

O levantamento também indicou a movimentação dos entrevistados em relação a efetivação da intenção de compra:

  • 33% dos entrevistados que possuem intenção de compra ainda não iniciaram a busca;
  • 9% dos entrevistados já fazem busca online;
  • 6% já visitaram imóveis em busca do produto ideal.

Enquanto a busca online por imóveis se mantém em um patamar elevado de 3,9 milhões de famílias, o número de pessoas que avança para a visitação presencial cresceu em 900 mil no último trimestre. Este grupo mais qualificado, que agora soma 2,6 milhões de famílias, atingiu o maior volume desde o final de 2024.