Nos últimos anos, as Parcerias Público-Privadas (PPPs) se tornaram poderosas ferramentas para o desenvolvimento de iniciativas de colaboração entre os setores público e privado. Elas geram transformações importantes nas cidades e regiões onde somente os governos não conseguiriam com a mesma eficiência, seja financeiramente, ou sob o ponto de vista de soluções tecnológicas, ou atender necessidades da população.

Na maioria das vezes, essas parcerias proporcionam projetos mais modernos, sustentáveis e com menor uso de recursos, fruto da expertise das empresas privadas, que empregam processos mais padronizados e soluções tecnológicas mais avançadas. Essas iniciativas empreendidas por empresas também costumam ser executadas com maior eficiência e cumprimento de prazos, outro problema recorrente das obras públicas.

Nessa perspectiva, Goiânia tem recebido, ao longo da última década, importantes projetos frutos de PPPs, principalmente no desenvolvimento urbano e infraestrutura, com ações de diversas naturezas. Entre elas a de criação, revitalização e manutenção de praças e parques da capital, que esbanja em áreas verdes. Não à toa, Goiânia segue no topo como umas das capitais com melhor qualidade de vida do País, segundo o Índice de Progresso Social (IPS), relação que mede o desempenho das sociedades com base em marcadores sociais e ambientais.

As áreas verdes urbanas não proporcionam apenas condições climáticas mais favoráveis, ou beleza à cidade, são espaços de convívio e lazer desfrutados pela comunidade e ainda estão relacionadas com a qualidade de vida, exercendo funções ecológicas, estéticas e psicológicas na vida dos habitantes das cidades. Esses espaços também contribuem para a valorização dos bairros e regiões onde estão inseridos como um todo.

Podemos lembrar de exemplos como a Alameda Ricardo Paranhos, que em 2011 converteu a avenida em um dos principais espaços de caminhada e corrida de Goiânia. A praças da T-23, e praça da T-55 com a T-30, no setor Bueno, ambos locais que tiveram um crescimento exponencial nos últimos anos após a revitalização desses locais, a partir de PPPs que transformaram, não apenas verticalmente, mas também o comércio na vizinhança.

O Eldorado, bairro de Goiânia que há algumas décadas foi totalmente planejado por um conjunto de incorporadoras e que também idealizou e desenvolveu várias praças e espaços públicos na região, com parquinhos e academias a céu aberto. Um bairro vertical planejado que se tornou referência de ocupação e desenvolvimento urbano na capital, abrigando mais de 15 mil moradores que usufruem de uma gama completa de comércio e serviços, graças a uma iniciativa privada.

O bairro Eldorado Parque, por meio também de uma PPP, entregou para Goiânia o Parque Júlio Aguiar, que mudou as referências do setor Parque Oeste Industrial. Este parque contempla pista de caminhada, academia a céu aberto e lago.

O próximo que promete ser revitalizado é o Parque do Morro da Serrinha, o que começa a mudar toda a região. E assim, poder público e privado somam esforços no crescimento da cidade, mas que também precisa ter o apoio da população com cuidado e conservação desses espaços a céu aberto, fiscalizando e cobrando melhorias para que essas transformações nesses locais permaneçam como um benefício permanente a todos os cidadãos.





Patrícia Garrote é Diretora de Incorporação da Dinâmica Incorporadora e membro da diretoria da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO).