Em 2026 o Brasil escolherá novos representantes políticos para cinco cargos, incluindo o presidente e governadores. O cenário de ano eleitoral sempre traz algumas dúvidas e incertezas quanto ao ritmo econômico do país, nesse sentido, alguns investimentos se mostram mais favoráveis e procurados nesse período.

Às vésperas de um ano eleitoral, marcado pelo receio ao risco no mercado de capitais, o setor imobiliário se mostra como uma alternativa para a segurança patrimonial. Assim sendo, a aquisição de ativos imobiliários, principalmente em cidades em ascensão no mercado, como Goiânia, se tornam uma estratégia de diversificação.

Para alguns especialistas, a aquisição de ativos imobiliários, primordialmente para investidores qualificados, tende a crescer neste período pré-eleitoral. A motivação é atrelada às incertezas que podem vir a partir das eleições e como uma espécie de preparativo.

À AutImob, o economista e professor do curso de Economia da Universidade Estadual de Goiás (UEG) de Anápolis, Júlio Paschoal, explicou que o investimento em imóveis é uma das melhores alternativas em relação à segurança patrimonial e à longo prazo. Ele ainda detalhou os motivos dessa manobra e de tantas inseguranças associadas ao período eleitoral.

Segundo ele, um dos fatores que mais pesa é a polarização política que assola o país, nas divergências entre direita e esquerda. “A política econômica a ser traçada por quem vence a eleição, tem um impacto no setor imobiliário. Se ela for uma política voltada para o crescimento da economia, teoricamente você vai ter uma redução na taxa de juros, que vai permitir novos investimentos, tanto para o setor de incorporação na área de construção de prédios ou casas, quanto para quem vai comprar”, explicou.

Apesar dessa movimentação já no período pré-eleitoral, Júlio destaca que o impacto tende a surgir mesmo pós-eleições. “Vejo essa relação muito mais depois da eleição do que antes, porque antes é uma expectativa”, afirmou.

“O cenário econômico, hoje, para o setor imobiliário, é muito mais dependente do Banco Central do que do próprio governo. A única coisa que o governo pode influenciar, seja ele de centro, de direita ou de esquerda, é reduzir a carga tributária. Mas isso já foi feito agora com a aprovação da Reforma Tributária que vai entrar em operação para valer em 2033”, salientou o economista.

Ainda nesse âmbito, Júlio Paschoal defendeu que, no momento, com a taxa Selic sendo mantida por período prolongado de 15% pelo Banco Central, as incertezas se tornam ainda maiores. “Para o setor imobiliário, seria melhor que a taxa Selic estivesse num viés de queda. Se o Banco Central, na próxima reunião do Comitê Político e Monetário (Copom), disser “chegamos no limite da taxa de juros, a inflação está cedendo, daqui para frente, nós vamos reduzir gradativamente a taxa”, aí fica bom para o mercado imobiliário”, concluiu ao destacar que atualmente o cenário não está favorável para financiamentos, por exemplo.