1) Galípolo diz que BC está 'bastante incomodado' com inflação fora da meta e reforça postura restritiva

O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira (23) que a instituição está “bastante incomodada” com o fato de a inflação e as expectativas dos economistas ainda estarem acima da meta. Mesmo assim, ele afirmou que os preços vêm caindo e que o Banco Central vai manter os juros altos por mais tempo para garantir que a inflação continue recuando. Ele explicou que essa postura deve continuar por um tempo: “A economia brasileira vem passando por um ciclo de crescimento contínuo ... e ainda assim com nível de inflação que, apesar de fora da meta, o que demanda o Banco Central permanecer com uma taxa de juros num patamar elevado e restritivo por um período prolongado para que a gente possa produzir essa convergência.”

2) Robô imprime casa em um dia e pode mudar futuro da construção

A startup australiana Crest Robotics, em parceria com a Earthbuilt Technology, apresentou o robô Charlotte, projetado para imprimir em 3D uma casa de 200 m² em apenas um dia — operando na velocidade equivalente a cerca de 100 pedreiros. Embora ainda esteja em fase experimental, Charlotte já teve um protótipo em escala reduzida exibido ao público. As empresas responsáveis acreditam que, em alguns anos, a tecnologia poderá ser usada não apenas para combater a escassez de moradias em diversos países, mas também em missões espaciais, como a construção de bases lunares.

3) Governo pede R$ 160 bi do FGTS para habitação, saneamento e infraestrutura em 2026

O Ministério das Cidades solicitou ao Conselho Curador do FGTS a liberação de R$ 160,5 bilhões para o orçamento de 2026, destinados a financiamentos nos setores de habitação, saneamento, mobilidade urbana e infraestrutura. O valor representa um aumento de cerca de 5% em relação ao montante de R$ 152 bilhões autorizado para 2025, segundo afirmou o ministro Jader Filho. Do total solicitado, R$ 144,5 bilhões deverão ser destinados ao setor habitacional, principalmente ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV) — um crescimento de 1,8% em relação a 2025.

4) Juros precisam cair para classe média comprar mais imóveis, diz presidente da CBIC

Um novo modelo de financiamento imobiliário promete aumentar a oferta de crédito para a classe média. A ideia é modernizar o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), liberando parte dos recursos que antes ficavam obrigatoriamente retidos no Banco Central para aumentar a oferta de financiamentos habitacionais. Esse é um pedido antigo do setor, que fazia coro com a CBIC. “Parte dos recursos que ficavam retidos no Banco Central (depósito compulsório) serão usados para aumentar a oferta de financiamentos habitacionais, especialmente para famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 20 mil por mês, um segmento hoje pouco atendido pelas modalidades existentes. Utilizando apenas 5% do compulsório, serão injetados R$ 37 bilhões a mais do que foi financiado no acumulado de 2025”, afirma Renato Correia, presidente da associação.

5) Loft leva influenciadores feitos com IA para anúncios de imóveis; entenda

A Loft é a empresa que fez uma virada completa e passou a adotar IA como premissa em toda a empresa neste ano. Com isso, tornou-se a primeira das plataformas de anúncios imobiliários a levar avatares de corretores de imóveis feitos com IA para apresentarem anúncios. É como um vídeo feito por influenciadores digitais, mas é automático e personalizável. A ideia é conseguir dar escala à produção de vídeos e fazer com que a experiência de navegar pelos anúncios seja mais parecida com aquela de ver vídeos no TikTok.

6) Reforma Casa Brasil pode adicionar R$ 52,9 bi ao PIB e quase R$ 20 bi em impostos, diz estudo da FGV

O programa Reforma Casa Brasil, lançado na segunda-feira, 20, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem potencial para adicionar R$ 52,9 bilhões ao PIB brasileiro. Além disso, a arrecadação de impostos pela demanda gerada pela medida pode aumentar em quase R$ 20 bilhões. Voltado para a classe média - e uma aposta do governo Lula para a eleição presidencial de 2026 -, o Reforma Casa Brasil prevê R$ 40 bilhões em crédito habitacional destinados a reformas e ampliações de residências de famílias que já têm casa própria, mas enfrentam problemas estruturais ou de inadequação nas edificações. Caso esses R$ 40 bilhões fossem liberados em um único ano, o impacto total sobre o PIB da construção, que engloba tanto as empresas quanto o segmento de autoconstrução, foi estimado em R$ 17,7 bilhões.

7) Polêmica: Maioria dos imóveis HIS financiados por bancos foi para investidores

A maioria dos imóveis destinados à Habitação de Interesse Social (HIS) e à Habitação de Mercado Popular (HMP) financiados pelos bancos Itaú e Bradesco em São Paulo foi comprada por investidores. A informação foi revelada por diretores das duas empresas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a existência de fraudes na comercialização dessas unidades, e indica uma possibilidade de desvio no objetivo da política habitacional. Não há impedimento para que investidores comprem apartamentos classificados como moradias sociais, mas a legislação exige que, nesta situação, os imóveis sejam alugados para pessoas com renda dentro da faixa prevista pelo programa habitacional.

8) STJ confirma aplicação de multa e taxa de fruição em distrato de lote não edificado

Nos casos de rescisão do contrato de compra e venda de imóvel celebrado após a entrada em vigor da Lei do Distrato (Lei 13.786/2018), é possível descontar da quantia a ser restituída ao comprador desistente a taxa de ocupação ou fruição, mesmo na hipótese de lotes não edificados, além do valor da cláusula penal. Com esse entendimento, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que concluiu pela possibilidade de retenção do valor pago pelo comprador de um lote que desistiu do negócio. No caso, não sobrou nada a ser devolvido após a dedução dos encargos de rescisão previstos legal e contratualmente.

9) MRV, Cury e Direcional lideram ranking de Marcas Mais Valiosas da Construção Civil

A MRV Engenharia (MRVE3) é a líder em valor de marca entre as construtoras do Brasil, aponta o ranking elaborado pela TM20 Branding em parceria com o InfoMoney. O levantamento, que também conta com dados da Brazil Panels e da Elos Ayta, enumera as cinco marcas mais valiosas do setor e coloca Cury (CURY3) na segunda posição e Direcional (DIRR3) na terceira. Segundo o levantamento, todas as cinco marcas mais valiosas do setor ultrapassam a casa do R$ 1 bilhão. No caso da MRV, o valor chega a R$ 5,16 bilhões. “Em uma pesquisa realizada com a população brasileira, predominantemente das classes B e C, a marca MRV se destaca como a mais valiosa porque conecta ótimas expectativas de crescimento com uma percepção de marca muito forte nesse público”, afirma o CEO da TM20 Branding, Eduardo Tomiya.

10) Fictor e Greystar se unem para construir até 700 apartamentos para aluguel no Rio

O Grupo Fictor está destinando R$ 268 milhões de recursos próprios para a construção de apartamentos para aluguel na cidade do Rio de Janeiro, modelo chamado de multifamily no jargão do mercado imobiliário. O projeto conta com parceria da norte-americana Greystar, maior do mundo neste segmento e que será responsável pela administração e locação dos imóveis. Com o aporte, as empresas esperam entregar na ordem de 600 a 700 apartamentos nos bairros de Botafogo, Barra da Tijuca, Copacabana e Centro do Rio, com as primeiras entregas programadas para o começo de 2027. Para isso, estão sendo adquiridos quatro prédios comerciais que serão convertidos em residenciais. A proposta consiste na oferta de apartamentos mobiliados, entre 25 e 60 metros quadrados, para famílias pequenas ou pessoas a trabalho. O valor de aluguel somado ao condomínio deve ficar na faixa de R$ 3 mil a R$ 9 mil por mês.


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Caio Lobo, o incorporador



Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um entusiasta do mercado imobiliário.