1) Nova linha para construtoras: Caixa lança crédito com limite de R$ 350 mil
A Caixa lançou uma nova modalidade de crédito imobiliário destinada prioritariamente à habitação popular para facilitar o financiamento de empreendimentos com valor de venda de até R$ 350 mil. A linha integra o Programa Apoio à Produção e utiliza recursos livres do banco, voltados para empresas da construção civil que atuam no segmento de moradias acessíveis. O anúncio foi feito por Roberto Ceratto, diretor-executivo de Habitação da Caixa, durante o Summit Abrainc 2025, evento realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
2) Funding do MCMV não corre risco, diz ministro das Cidades
Jader Filho, o ministro das Cidades, diz que não há por que o mercado imobiliário se preocupar com o FGTS, a principal fonte de funding do Minha Casa Minha Vida, programa que está sob sua pasta. “Não há nenhuma razão para ter qualquer tipo de desconfiança relacionada a isso,” ele disse. “O FGTS não é de um governo ou de um partido, e a responsabilidade de defendê-lo é de todos nós. O Brasil não tem plano B, a única alternativa é o FGTS.” O ministro lembrou que o fundo financiou R$ 204 bilhões em imóveis via MCMV entre 2023 e 2025 e que o programa habitacional foi responsável por cerca de 50% de todos os lançamentos imobiliários do Brasil no ano passado.
3) Não acredito que haverá "soluço" no setor imobiliário, diz Jader sobre IOF
O ministro das Cidades, Jader Filho, disse em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira (28) não acreditar que a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) irá impactar de maneira relevante o setor imobiliário. "Precisamos avaliar o quanto que isso pode gerar de impacto dentro da construção civil. Acho que o setor está em uma velocidade muito acelerada, não creio que haverá nenhum tipo de soluço em relação a isso. Os investimentos continuam firmes, são empresas bastante sólidas", disse. O setor imobiliário é dependente, por exemplo de operações de crédito — impactadas pelas mudanças no IOF. Com as alterações implementadas, as pessoas jurídicas passam a pagar mais IOF em empréstimos. A alíquota teto para as empresas saiu de 1,88% ao ano para 3,95% ao ano. Para pessoa física, nada muda.
4) Prédio em Balneário Camboriú será maior residencial do mundo?
Obra em Dubai ameaça recorde Com passeios em um balão no formato de um capacete gigante, maquete de 14 metros de altura e projeções na turística roda-gigante da orla, Balneário Camboriú celebrou o lançamento da Senna Tower, anunciada como o futuro maior prédio residencial do mundo, com 544 metros. O evento destacou o possível recorde, mas o título pode não ser alcançado pela “capital brasileira dos arranha-céus”. O motivo é simples: um edifício de ultra luxo já em obras em Dubai tem previsão de alcançar altura superior, de 595 metros. O adversário do prédio de Santa Catarina é o Burj Binghatti Jacob & Co. Residences, do Emirados Árabes Unidos, que deve ser entregue em 2027.
5) Italiano, ele veio incorporar no Brasil — e aposta que o luxo deve estar ao lado do metrô
No mercado brasileiro, o que chama a atenção de um italiano nascido em Roma - a maior cidade da Itália, mas que não passa de 3 milhões de habitantes - são os grandes números. "Podemos fazer muitos lançamentos por aqui, com um número grande de VGV", afirma Bevilacqua. O plano diretor atual de São Paulo, que passou por uma revisão recente em 2023, permite a construção de prédios mais altos em diversas áreas da cidade. Nos miolos dos bairros, os prédios podem atingir até 60 metros. Em algumas regiões específicas, como próximo a estações de metrô e trem, o limite pode chegar a 18 andares. Já em Roma tudo é bem mais "modesto": via de regra, os prédios por lá nunca são muito altos. "O plano diretor é bem variado também. Na maioria dos bairros há tombamentos e não dá para escavar, o que limita a altura dos edifícios", afirma o CEO da Netcorp.
6) Maquetes para empreendimentos de luxo chegam a custar mais do que um imóvel; veja quanto
Os empreendimentos de luxo com apartamentos vendidos a preços que vão de R$ 5 milhões a R$ 200 milhões têm utilizado maquetes milionárias como um dos chamarizes para consumidores de alta renda. Como o valor total do faturamento do projeto é elevado, por vezes chegando a bilhões de reais, essas miniaturas detalhadas dos empreendimentos têm ficado mais sofisticadas e caras. No Senna Tower, o projeto da FG Empreendimentos em Balneário Camboriú será o maior edifício residencial do mundo. Sua maquete teve custo estimado entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões, o que não deve ter impacto significativo na margem de lucro das vendas de apartamentos. Além da construção em si, o que encareceu o projeto foram luzes LED programáveis.
7) Venda de imóveis de luxo cresce quase 300% no Rio
O mercado imobiliário de luxo no Rio de Janeiro viveu um primeiro trimestre histórico neste ano. Segundo pesquisa da consultoria Brain — Inteligência Estratégica, a capital fluminense registrou 219 unidades vendidas no período, aumento de 298,2% em relação ao primeiro trimestre de 2024. O VGV foi de R$ 908 milhões, contra R$ 210 milhões, uma alta de 332,4%. O número de lançamentos teve queda de 14,3% no volume de unidades. Nas categorias luxo e superluxo, houve estabilidade. Contudo, esses dois segmentos representaram quase metade do VGV lançado: 46,3%. “O Rio surpreendeu bastante: cresceu não apenas nas vendas, mas também no VGV, mostrando que os imóveis maiores e mais caros estão liderando a procura. É um fenômeno!”, afirma Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain.
8) Imobiliárias apostam em atendimento especializado a investidores
À medida que alguns agentes do mercado financeiro começam a atuar, de forma direta, no mercado imobiliário, as imobiliárias desenvolvem ações e iniciativas especialmente direcionadas aos investidores. Esse público possui expectativas bem específicas relacionadas à jornada de compra de imóveis, por isso demandam um atendimento que vá além da simples apresentação das características do bem, como área, quantidade de quartos e localização. O Imobi Report entrevistou alguns players do mercado imobiliário para entender as estratégias que vêm sendo adotadas para prestar esse serviço mais especializado. Há desde imobiliárias criadas, especificamente, para atender esse público, até programas e projetos com profissionais dedicados exclusivamente aos investidores. Os treinamentos e especializações aos corretores que atuam junto a esses clientes também é uma das iniciativas.
9) EUA: Sai o ‘aluga-se’. Entra o ‘vende-se’. Welcome to Florida
Flórida está revivendo uma tendência não vista desde antes da última grande recessão em 2008: a conversão de apartamentos de prédios multifamily em condomínios (Glossário: nos Estados Unidos, multifamily são edifícios com unidades para aluguel, enquanto os condomínios são unidades destinadas à venda.)
Ou seja: o que antes estava para locação agora está sendo posto para venda. O movimento tem ocorrido em todo os Estados Unidos, mas a Flórida é o estado que tem sido mais agressivo nas conversões, devido à escassez de oferta de unidades à venda para a classe média, causada pela chegada em massa de novos moradores ao longo dos últimos anos (entre americanos aposentados e imigrantes), e ao baixo número de condomínios novos, com menos de 10 anos.
10) Trump diz que vai dobrar tarifas sobre o aço importado pelos EUA, de 25% para 50%
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (30) que planeja dobrar as tarifas sobre o aço importado pelo país, de 25% para 50%. A medida preocupa o mercado: se confirmada, irá intensificar a pressão sobre os produtores globais. A declaração de Trump também reacende temores de uma nova escalada na guerra comercial. As tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio nos EUA estão em vigor desde 12 de março, um mês após a assinatura do decreto por Trump. A medida afetou diretamente o setor siderúrgico de grandes parceiros comerciais dos EUA, como Canadá e México. O Brasil, segundo maior fornecedor de aço do país, também foi impactado.
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Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um entusiasta do mercado imobiliário.