O preço do aluguel em Goiânia disparou no último ano e tem pesado no bolso de quem busca um imóvel na capital. Segundo dados do Índice FipeZAP de Locação Residencial, a cidade registrou alta média de 10,4% nos últimos 12 meses, superando a inflação oficial do período e acompanhando a tendência de valorização observada em grandes centros urbanos.

Entre os bairros com maior variação, o Nova Suíça foi o que mais surpreendeu, acumulando elevação de 32%, com o valor médio chegando a R$ 32,70 por metro quadrado. Isso significa que um apartamento de 50 m² já ultrapassa R$ 1,6 mil de aluguel na região, que tem ganhado cada vez mais demanda pela localização estratégica e oferta de serviços.

Setores próximos ao centro também registraram forte avanço. O Setor Central teve alta de 22,2% e o Setor Aeroporto, de 19%. Já áreas consolidadas, como o Jardim América e o Bueno, apresentaram crescimento de 19,9% e 11,6%, respectivamente. No Bueno, considerado um dos mais valorizados, o metro quadrado médio de locação já chega a R$ 51,8.

No topo da lista aparece o Setor Marista, com aluguel médio de R$ 64,3/m² — o mais caro de Goiânia. Mesmo com crescimento mais moderado (10,7%), a região se mantém como referência de sofisticação e atratividade para quem busca imóveis de alto padrão. Outros destaques foram o Jardim Goiás, com R$ 56,5/m² (+8,1%), e o Setor Oeste, que alcançou R$ 41,7/m² (+10,6%).

Por outro lado, alguns bairros apresentaram evolução mais discreta, como o Setor Leste Universitário, que subiu 5,8%, chegando a R$ 36,7/m². Ainda assim, a variação reforça a tendência de crescimento generalizado dos valores de locação na capital.

De janeiro a julho deste ano, o acumulado chegou a 7,27%, indicando que a pressão sobre os preços deve continuar até o fim de 2025. Especialistas apontam que a combinação de escassez de oferta, valorização de regiões centrais e consolidadas e aumento na procura por imóveis bem localizados são os principais fatores por trás do movimento.

Para os investidores, o cenário reforça o aluguel como alternativa atrativa de rentabilidade. Já para os inquilinos, a expectativa é de que negociar e comparar valores se torne ainda mais necessário para evitar gastos excessivos.