O interesse por imóveis de luxo e superluxo está crescendo no país. Os consumidores têm buscado as tipologias como forma de preservar o patrimônio e valorizá-lo. No Centro-Oeste, por exemplo, o preço do metro quadrado de empreendimentos superluxo teve aumento de 23,9% no primeiro trimestre de 2025.

Os dados explicitam o aumento da procura. Conforme uma pesquisa realizada pela Brain Inteligência Estratégica, aponta que no primeiro trimestre de 2025, o mercado de luxo teve aumento de 34,3% nas vendas em relação ao mesmo período do ano anterior.

A valorização de empreendimentos dessas tipologias aumentou em 10,2%. No primeiro trimestre de 2024 o metro quadrado privativo estava custando R$13.816, e, 2025 esse valor subiu para R$15.200.

Em entrevista à AutImob, o Head da Brain Inteligência Estratégica em Goiás, Anderson Gonçalves, destacou os pontos que motivaram a crescente. “Esse aumento tem uma relação com o forte crescimento de investimentos dentro do país, tanto estrangeiros quanto bolsa de valores, e um aumento na geração de riqueza por meio de diversas indústrias e também de serviços. Corroborando também, uma maior concentração de renda nas mãos de uma classe média-alta e alta. Esse perfil de consumidores têm buscado imóveis de luxo como uma forma de preservar e valorizar seu patrimônio”, salientou o especialista.

Mudança no padrão de consumo

Anderson ressalta que esse novo padrão começou após a pandemia, quando o hábito de consumo dos compradores mudou drasticamente. "Muitas pessoas passaram a dar mais relevância ao conforto e à privacidade, ou seja, qualidade de vida, preferindo morar em imóveis espaçosos, com comodidades de lazer, trabalho e principalmente tecnologias novas. Isso gerou uma procura maior por imóveis de luxo, especialmente aqueles com espaços amplos, jardins, áreas de lazer privativas e home office integrados”, detalhou.

O aumento da demanda influenciou também o aumento da oferta. Dados levantados pela Brain destacaram que o número de lançamentos teve aumento de 57,2% em comparação entre o primeiro trimestre de 2024 e 2025. No primeiro trimestre do ano passado foram 1.027 unidades lançadas no país, no mesmo período de 2025 esse número subiu para 1.614.

Apesar da alta nacional, o mercado de luxo e superluxo teve uma queda de 41,7% no Centro-Oeste, comparando o mesmo período de 2024 e 2025. O número pode explicar o fato de que a região foi a que mais apresentou valorização do metro quadrado na categoria superluxo.

Goiânia é uma das cidades que segue a tendência e deslancha em relação à demanda pelo mercado de luxo e superluxo, e principalmente pelo alto padrão. “A expectativa para os próximos anos é que o mercado imobiliário de Goiânia continue, sem dúvida nenhuma, em ascensão, principalmente com o aumento da verticalização, a expansão para bairros que estavam menos desenvolvidos e principalmente, o incremento na renda familiar. O crescimento do setor de tecnologia e inovação também pode trazer um novo impulsionamento para a cidade”, pontuou Anderson.

“A cidade é uma das mais importantes do Centro-Oeste e tem atraído investidores, e isso vem impulsionando fortemente a busca e comercialização de no setor de imóveis dentro da cidade, devido à sua localização estratégica e qualidade de vida. Isso vem sendo demonstrado, na valorização dos imóveis novos na cidade. A valorização está bem acima da média nacional que hoje é de 5,6%, Goiânia registrou nos últimos meses 17%”, salientou o Head da Brain.