O mercado imobiliário brasileiro está experimentando um crescimento significativo, mesmo com a taxa Selic em 15%, o maior patamar da história recente. Em 2025, o país atingiu a marca histórica de 433 mil imóveis lançados, com o Centro-Oeste liderando a expansão percentual.

Em Goiás, o crescimento do mercado imobiliário é impulsionado pela demanda habitacional existente no estado. Segundo pesquisa da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), o setor é o terceiro maior do país, impulsionado pelo Produto Interno Bruto (PIB) do estado, que cresce acima da inflação nos últimos 15 anos.

Mercado brasileiro

Segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), entre julho e setembro foram 108,8 mil unidades lançadas, o que representa um crescimento de 8,4% em relação aos primeiros nove meses de 2024. Acompanhando a alta, o número de vendas foi de 312,2 mil imóveis no acumulado do ano, com avanço de 5% na mesma comparação.

O Valor Geral Lançado (VGL) atingiu R$ 198,9 bilhões no acumulado do ano, representando uma alta de 22,9% em relação a 2024. O Valor Geral Vendido (VGV) chegou a R$ 188,7 bilhões, com crescimento de 13,2%.

Minha Casa, Minha Vida

Além disso, a mudança aprovada pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em relação ao programa Minha Casa, Minha Vida, deve causar um impacto positivo e gerar demanda para a construção civil, conforme especialistas.

As mudanças no Minha Casa, Minha Vida incluem um aumento de 20% no subsídio complementar para famílias com renda de até R$ 2 mil e novos tetos de financiamento de R$ 275 mil para municípios com população entre 100 mil e 300 mil habitantes. O orçamento de R$ 144,5 bilhões aprovado para 2026 é um recorde e deve impulsionar o setor.

Com essas mudanças, o mercado imobiliário no Brasil e em Goiás deve continuar crescendo em 2026, impulsionado pelo Minha Casa, Minha Vida e pela demanda habitacional existente no estado. Para as construtoras, esse volume de recursos governamentais garante previsibilidade de demanda e maior capacidade de planejamento de novos lançamentos.

Com o setor da construção civil entre os maiores geradores de emprego do país e efeitos multiplicadores sobre diversos segmentos da economia, a disponibilidade de crédito habitacional em alta escala tende a manter o ritmo de atividade aquecido.