O número de corretores registrados no país teve um aumento de 40% nos últimos cinco anos. Conforme dados do Sistema COFECI-CRECI, o ano de 2024 foi encerrado com cerca de 580 mil profissionais credenciados, uma alta de 5% em relação a 2023.

No final do ano de 2020, eram 413 mil profissionais. Em 2023, subiu para 554 mil. Esse aumento colocou o Brasil como o segundo no mundo com maior número de corretores de imóveis e imobiliárias, atrás apenas dos Estados Unidos.

Apesar desse crescimento, é possível observar uma desaceleração, ano a ano, no interesse pela atividade em relação aos anos anteriores. De 2020 para 2021, houve o aumento de 12% no número de profissionais. Entre 2021 e 2022, esse aumento já foi menor, de 10%. De 2022 e 2023, a alta foi de 8%, chegando aos 5% de 2023 para 2024.

Esse desaceleramento gradual, segundo especialistas, foi impactado pela alta dos juros e encarecimento dos produtos. No entanto, avaliam que o cenário ainda indica uma fase de amadurecimento e profissionalização do setor. Os profissionais do mercado estão, cada vez mais, preocupados com a qualificação, planejamento e atuação estratégica, como forma de se destacar e crescer na área.

Perfis profissionais

Analisando os perfis, nota-se um aumento de mulheres no mercado, buscando transição de carreira, horários mais flexíveis, autonomia e potencial de faturamento. Também houve aumento expressivo de aposentados, que procuraram a corretagem como uma segunda fonte de renda. Além disso, aumento da adesão de profissionais de outras áreas que viram no setor, uma oportunidade de progredir financeira e profissionalmente.

Um exemplo disso foi a adesão de profissionais de visibilidade nacional, que largaram as carreiras artísticas para se tornarem corretores. Como no caso dos atores famosos Marcello Antony, Mylla Christie, Jonatas Faro, que passaram a atuar no mercado imobiliário de alto padrão.

Esses profissionais aproveitaram do reconhecimento público, boa reputação e networking para construir novos caminhos dentro da corretagem. Atraídos pelo potencial de ganho e pela qualidade de vida associada à profissão, muitos relatam ter encontrado no ofício de corretor bom retorno financeiro, autonomia e estabilidade.