O custo de morar em Goiânia não se limita ao valor de compra ou aluguel do imóvel. A taxa de condomínio, despesa mensal fixa em edifícios residenciais, pode pesar e muito, no orçamento. Um levantamento realizado pela Loft, empresa de tecnologia e serviços financeiros voltada ao mercado imobiliário, analisou mil anúncios ativos em julho e apontou que a média da capital goiana é de R$ 642 por mês.

Entre os bairros, o Setor Marista aparece no topo da lista, com taxa média de R$ 900, seguido por Jardim Goiás e Setor Oeste, ambos com média de R$ 800.

Segundo o gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi, esses valores estão diretamente relacionados ao perfil dos empreendimentos. “Bairros com as maiores taxas concentram imóveis de alto padrão, com metragens generosas, infraestrutura completa e localização privilegiada. Mesmo quando o preço de compra é atrativo, a taxa condominial pode inviabilizar uma negociação, especialmente por ser um custo fixo que dificilmente diminui”, disse em entrevista ao Portal Mais Goiás.

Condomínio por metro quadrado: Jardim Goiás lidera

A pesquisa também revelou os bairros onde o condomínio pesa mais em relação ao tamanho do imóvel. No Jardim Goiás, o custo chega a R$ 6,69 por m². Logo atrás estão o Setor Bela Vista (R$ 6,54/m²) e o Setor Bueno (R$ 6,44/m²).

Esse tipo de cálculo é relevante porque mostra que, em áreas mais verticalizadas, com apartamentos menores, mas que oferecem alto padrão de serviços e lazer, o peso da taxa por metro quadrado tende a ser maior. “Em bairros verticais, com imóveis menores e padrão elevado de serviços, o condomínio por m² tende a ser mais alto, o que impacta diretamente o custo mensal do morador”, explicou Takahashi.

O que influencia no valor do condomínio

De acordo com especialistas do setor, o valor da taxa condominial é definido pela soma das despesas comuns do prédio, como salários de funcionários, manutenção de elevadores, limpeza, água, energia de áreas comuns, segurança e fundo de reserva. Empreendimentos com ampla infraestrutura, como academia, piscina, salão de festas, coworking e sistemas modernos de segurança, naturalmente têm custos mais elevados.

Além disso, a presença de serviços adicionais, como portaria 24 horas, zeladoria e manutenção preventiva, contribui para encarecer a taxa. Já em condomínios menores e mais simples, sem grandes áreas de lazer, o valor tende a ser mais acessível.

Impacto para quem compra ou aluga

O peso da taxa de condomínio é um dos pontos de maior atenção para quem busca um imóvel. Em muitos casos, o valor pode comprometer a viabilidade da negociação. Em um apartamento de médio padrão, por exemplo, uma taxa de R$ 900 equivale facilmente a 20% ou mais do valor do aluguel mensal.

Por isso, especialistas recomendam que compradores e locatários sempre analisem o Custo Efetivo de Moradia (CEM), que vai além do preço do imóvel e inclui condomínio, IPTU, manutenção e outros encargos fixos.