Réplica do 14-Bis, na Praça Santos Dumont, no Setor Aeroporto. Foto: reprodução 

Na década de 1930, as ruas atualmente movimentadas por carros do Setor Aeroporto, recebiam aviões. O local que hoje sedia a Praça Santos Dumont, conhecida popularmente como Praça do Avião, em 1937 era o centro das pistas onde ocorriam os pousos e decolagens das aeronaves.

Com o crescimento da cidade e expansão da malha viária, o aeroporto precisou ser transferido para um local mais afastado, no entanto, a herança do nome e da história permaneceram. O mais curioso é que, durante seu período de funcionamento, o aeroporto rústico da cidade não chegou a registrar nenhum tipo de acidente.

A região só foi tomar ares de bairro residencial em 1955, quando as primeiras casas começaram a ser construídas nas regiões adjacentes, como no setor Campinas, bairro que fica ao lado. Aos poucos, a expansão imobiliária se deu e, atualmente, o Setor Aeroporto é uma das áreas mais disputadas da cidade por conta da localização privilegiada, com fácil acesso aos setores mais nobres; da infraestrutura completa e da proximidade aos grandes centros comerciais da cidade, os setores Central e Campinas.

Resquícios da história

A memória da história do setor associada ao aeroporto ainda vive nas edificações que resistiram ao tempo. Quem andar menos distraído pelas ruas do Setor Aeroporto ainda pode se deslumbrar com algumas construções daquela época.

Entre elas, a Casa do Comandante do destacamento da Aviação Militar, um casarão característico que fica na esquina das avenidas Oeste e Tocantins. Além dela, há ainda a Torre, datada de 1937, que abrigava uma estação de rádio e a de meteorologia, e agora é utilizada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

O ponto mais icônico que marca o setor tanto para os goianienses quanto para os turistas ainda é a réplica em tamanho real do 14-Bis, que foi o primeiro avião mais pesado que o ar a conseguiu decolar por seus próprios meios, construído pelo brasileiro Santos Dumont. A praça de mesmo nome foi construída em 1969 como forma de homenagem e preservação da memória do antigo aeroporto de Goiânia.

No meio da praça aconteciam os pousos e decolagens, e o encontro das duas pistas, mas o embarque e desembarque também acontecia abaixo da Avenida Paranaíba. De acordo com algumas fontes, o saguão do antigo aeroporto ainda existe, mesmo que degradado pelo tempo.