1) Conselho do FGTS eleva teto de imóveis do Minha Casa, Minha Vida

As famílias de baixa renda poderão financiar imóveis mais caros pelo Minha Casa, Minha Vida. O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS) aprovou, nesta terça-feira (11), o aumento do valor máximo dos imóveis do programa habitacional e o Orçamento do FGTS de R$ 160,2 bilhões para o próximo ano. A medida amplia o teto para até R$ 275 mil, a depender do porte do município, e deve beneficiar famílias das faixas 1 e 2 do programa, que atendem, respectivamente, rendas mensais de até R$ 2.850 e de R$ 2.850 a R$ 4,7 mil em áreas urbanas. Em áreas rurais, o reajuste alcança famílias com renda anual de até R$ 66 mil. O novo limite de financiamento varia conforme o tamanho da cidade.

2) Intenção de compra de imóveis se mantém estável, mas mercado mostra sinais de cautela

A mais recente edição da Pesquisa Raio-X FipeZAP, referente ao 3º trimestre de 2025, revela um cenário de estabilidade no interesse dos brasileiros pelo mercado imobiliário, mas também indica um comportamento mais cauteloso entre compradores e investidores. Conforme o levantamento, a participação de compradores — grupo que efetivamente adquiriu um imóvel nos últimos 12 meses — registrou um leve recuo, passando de 13% no mesmo período de 2024 para 12% em 2025. Entre eles, a preferência por imóveis usados se manteve amplamente dominante, representando 79% das aquisições. O principal objetivo de compra continua sendo o investimento, embora tenha oscilado ligeiramente de 43% no 2º trimestre para 42% no 3º trimestre deste ano.

3) Presidente do Banco Central desencoraja apostas em corte de juros em breve

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, desencorajou apostas de que fará corte de juros em breve e reforçou que o órgão vai seguir com os juros elevados porque não enxergou ainda nos dados de inflação nenhum sinal de que a política monetária possa ser flexibilizada. Objetivo do Banco Central é reduzir inflação para 3% ao ano. Gabriel Galípolo reforçou que a obrigação dele é usar políticas que reduzam os preços para dentro da meta.

4) Brasileiro quer comprar casa própria, mas procura por aluguel dispara

Quase metade (48%) dos brasileiros tem intenção de comprar um imóvel nos próximos dois anos, segundo levantamento da consultoria Brain. O número é um ponto percentual menor do que o identificado no segundo trimestre deste ano e dois pontos percentuais maiores do que o identificado em setembro de 2024. Por outro lado, 23% dos entrevistados afirmam que tem intenção de alugar um imóvel nos próximos 24 meses. Este número é sete pontos percentuais maiores que aquele observado no primeiro trimestre deste ano.

5) Queda na Selic pode adicionar mais de 80 mil famílias no crédito imobiliário

Um corte na Selic no médio prazo pode aumentar a adição projetada de novas famílias no crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal voltado para a classe média, segundo Carlos Antônio Vieira, presidente do banco. “A queda da taxa de juros, que é uma expectativa de médio prazo, faz com que a gente crie no Brasil o chamado mercado secundário do crédito imobiliário de forma efetiva. Então, essa conjunção de elementos, sinceramente, acho que leva para mais de 80 mil novos usuários”, projetou. A resposta veio após Vieira ser perguntado sobre a possibilidade de aumento da estimativa de 80 mil famílias extras no financiamento imobiliário, compartilhada pela primeira vez pelo ministro das Cidades, Jader Filho, caso a Selic caia no ano que vem.

6) Quase metade dos inquilinos brasileiros pretende se mudar nos próximos meses, aponta pesquisa

Quase metade dos inquilinos brasileiros (41%) pretende se mudar nos próximos meses, segundo a pesquisa “Raio-X do aluguel no Brasil”, realizada pela Loft em parceria com a Offerwise. O desejo de mudança é mais forte entre os mais jovens: 47% dos entrevistados de 18 a 24 anos afirmaram que pretendem trocar de imóvel. Entre os mais velhos, com 45 anos ou mais, a proporção cai para 37%. “O desejo de mudar de imóvel está fortemente ligado à fase da vida. Os mais jovens buscam novos ciclos, enquanto famílias maduras tendem a priorizar estabilidade”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. Espaço e preço do aluguel lideram motivos.

7) Aluguel de temporada do Airbnb entra na mira de tributação municipal

Os aluguéis por temporada oferecidos por meio de plataformas como Airbnb estão na mira de algumas prefeituras, que buscam tributar a renda dos donos desses imóveis com ISS (Imposto Sobre Serviços), em uma disputa que já chegou ao Judiciário. Salvador (BA), Petrópolis (RJ), Olímpia (SP) e Ponta Grossa (PR) são exemplos de municípios que aprovaram leis nesse sentido. São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis têm projetos apresentados por vereadores sobre a questão, mas que ainda não foram aprovados. As prefeituras tentam enquadrar o aluguel por temporada como um serviço de hospedagem para cobrar o imposto municipal sobre serviços. Esse tributo já é pago por hotéis.

8) 'Poupança é um produto apoiado na desinformação, um Robin Hood às avessas', diz Galípolo

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou em um evento que a caderneta de poupança funciona como um “Robin Hood às avessas”. Isso porque a poupança concentra o dinheiro de pessoas de menor renda e com menos acesso à educação financeira, que acabam aplicando seus recursos em um produto com rendimento inferior à taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano. Segundo ele, a poupança é um produto financeiro “apoiado na desinformação”.

9) A escassez de mão de obra ameaça o crescimento da construção civil no Brasil

A construção civil, historicamente um dos pilares do desenvolvimento econômico brasileiro, enfrenta um obstáculo que vem comprometendo sua capacidade de expansão: a crescente escassez de mão de obra qualificada. Esse problema, que se agravou nos últimos anos, tem impactado a produtividade, elevado os custos operacionais e desacelerado o ritmo de geração de empregos no setor. Embora o mercado ainda mostre sinais de aquecimento, os dados mais recentes indicam que a dificuldade de encontrar profissionais especializados se tornou um dos maiores entraves para o crescimento sustentável da atividade. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), 82% das empresas da construção civil relataram dificuldades para contratar trabalhadores no primeiro trimestre de 2025, o maior índice desde 2012.

10) Trump quer lançar hipoteca de 50 anos e pode inflar preços dos imóveis nos EUA

O presidente Donald Trump anunciou um plano ambicioso para o mercado imobiliário americano: permitir hipotecas com prazo de 50 anos. A medida, segundo o governo, busca tornar a compra da casa própria mais acessível em meio às altas taxas de juros e aos preços recordes dos imóveis nos Estados Unidos. Esse modelo prolongado de crédito habitacional permitiria uma entrada mais rápida de novos compradores no mercado, mas também aumentaria o custo final da dívida, podendo ultrapassar o dobro do valor original do imóvel. A proposta de Trump divide opiniões entre economistas e investidores. De um lado, o governo acredita que o programa estimulará a economia e impulsionará o setor de construção civil. De outro, analistas alertam que a ampliação do crédito pode inflar artificialmente os preços das casas, criando um cenário semelhante ao que antecedeu a crise de 2008.


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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um entusiasta do mercado imobiliário.