1) Para jovens, aluguel não é viável no longo prazo e sonho da casa própria se mantém vivo, diz pesquisa

Enquanto para alguns o sonho da casa própria parece ter acabado, para os jovens ele permanece vivo. Segundo uma pesquisa da Loft, empresa de tecnologia e serviços financeiros para imobiliárias, em parceria com a Offerwise, quase um em cada três millenials (29%) planejam comprar um imóvel nos próximos 12 meses. A faixa etária lidera entre os interessados, seguido de geração Z (23%) e geração X (22%). O levantamento aponta que a maioria dos participantes afirma não aceitar o aluguel como uma opção viável a longo prazo.

2) Governo prevê R$ 30 bi para reforma de casas populares e aumento de R$ 150 bi em crédito habitacional com poupança até 2026

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou que o programa de reformas de casas populares, a ser lançado em breve pelo governo, deve ter um orçamento de R$ 30 bilhões até 2026. Além disso, Rui afirmou que o governo espera um acréscimo de R$ 150 bilhões no crédito habitacional com recursos da poupança até o final do ano que vem. As estimativas foram divulgadas em reunião ministerial na última terça-feira. O programa de reformas dentro do Minha Casa Minha Vida será chamado de Melhoria Habitacional no MCMV. No caso do crédito habitacional, a ampliação esperada decorre do novo modelo que está em avaliação no governo em meio à redução do saldo da poupança.

3) Minha Casa, Minha Vida ganha agilidade com pré-moldados, diz Jader Filho

Uma nova modalidade de construção foi introduzida no programa Minha Casa, Minha Vida, permitindo a fabricação de casas pré-moldadas. Em entrevista ao CNN 360º, o ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), detalha que a medida, implementada por meio de uma portaria recente, busca agilizar o processo de entrega das unidades habitacionais e reduzir custos. Com a nova modalidade, os pagamentos poderão ser realizados durante o processo de fabricação, facilitando o fluxo de capital das empresas. O programa manterá o método tradicional de construção, mas incentivará a adoção de novas tecnologias.

4) Incorporadoras estão buscando parceiros para ‘casar’, diz Alvarez & Marsal

As incorporadoras de capital aberto e as candidatas que almejam entrar na Bolsa no futuro estão numa fase de revisão dos seus modelos de negócios. As principais movimentações nos bastidores abrangem buscas de parceiros, diversificação de mercados e melhora da rentabilidade. Diferentemente da década passada, quando grandes fusões e aquisições de incorporadoras deram errado, o modelo atual é voltado para a constituição de parcerias mais específicas, como sociedade em um ou mais empreendimentos, além de joint ventures. Uma inspiração para isso é a Cyrela Brazil Realty, tradicional no setor de alto padrão, que se tornou sócia de incorporadoras de outros segmentos, como Cury e Plano & Plano (moradias populares) e Lavvi (luxo). Com isso, a Cyrela exibe uma das maiores lucratividades do setor. A Even e a Eztec seguiram o mesmo caminho e passaram a investir em incorporadoras de luxo que complementam suas atividades, que são a RFM e a Lindenberg, respectivamente.

5) Novas regras para carregador de carro elétrico em prédios geram polêmica

O Conselho Nacional de Comandantes-Gerais dos Corpos de Bombeiros Militares (CNCGBM) publicou nesta semana um novo conjunto de regras para instalação de carregadores de veículos elétricos em prédios de todo o Brasil. O documento foi elaborado com o objetivo de orientar as corporações do país, principalmente sobre aspectos como segurança contra incêndio e controle de riscos em estacionamentos e áreas com pontos de recarga. 

6) Com mais tecnologia, BRB avalia introduzir venda online de imóveis

O Banco de Brasília (BRB) estuda criar uma plataforma de venda online de imóveis. A sinalização foi feita por seu presidente, Paulo Henrique Costa, durante painel no CBIC. “Nós estamos sempre pensando em inovação”, disse Costa, destacando que o avanço da tecnologia abre espaço para avanços e maior satisfação dos clientes. “Teríamos um sistema de gestão de dados financeiros e oferta. Podemos pensar em um registro temporário, enquanto não se registra o imóvel no cartório, como se fosse um contrato eletrônico”, exemplificou. Durante sua apresentação, o presidente do BRB avaliou o cenário nacional e reafirmou sua expectativa para retomada da economia. “Acreditamos em um cenário breve de redução da taxa de juros. Se esse cenário positivo realmente se confirmar, poderemos divulgar uma nova redução”, anunciou.

7) Pix em garantia deve diminuir custo do crédito, diz diretor do Banco Central

O diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central (BC), Renato Gomes, afirmou que o Pix em garantia será uma ferramenta importante para expandir o crédito no país e reduzir custos, especialmente para as empresas. A nova funcionalidade, que deve ser lançada no segundo semestre de 2026, permitirá que recebíveis futuros de de Pix sejam usados como colateral em operações de crédito. “Um condomínio, por exemplo, tem os seus recebíveis — os condôminos pagam aquilo mensalmente, os valores flutuam pouco e a inadimplência é facilmente previsível. O que essa garantia vai permitir é que o condomínio tome o empréstimo com garantia desses recebíveis futuros”, explicou Gomes.

8) Token imobiliário é liberado para negociação em plataforma integrada à B3

Investidores poderão negociar um token ligado ao setor imobiliário em plataforma integrada ao mercado subsequente da B3. A operação foi desenvolvida pela tokenizadora Zuvia e envolve um empreendimento residencial em Bauru (SP). Segundo a empresa, trata-se do primeiro ativo digital tokenizado do setor de construção civil. As negociações ocorrem dentro do site da própria Zuvia, com liquidação via Pix e rastreamento completo das operações. No total, cerca de 550 mil tokens foram disponibilizados aos investidores. O aporte mínimo é R$ 25. O ativo digital foi lançado no âmbito da Resolução 88 da CVM, que permite a emissão de dívida tokenizada via crowdfunding.

9) O ‘test drive’ para comprar imóveis está virando moda nos EUA

Como quem vai a uma concessionária em busca de um carro novo, os americanos estao pedindo para fazer um "test drive" do imóvel antes de comprá-lo. A prática vem ganhando força no mercado, impulsionada pela alta dos preços e a dificuldade de encontrar propriedades para fechar contratos. Até pouco tempo atrás, esse tipo de pedido era restrito ao mercado imobiliário de luxo. Agora, a tendência começa a aparecer também em transações mais modestas. Além das visitas de praxe, os interessados agora querem "sentir" o imóvel, passar um tempo na propriedade, utilizar as áreas de lazer e até avaliar eventuais reformas. O empresário Eric Albert, por exemplo, anunciou sua residência por US$ 60 milhões, na Califórnia, e, atendendo ao pedido de um casal de potenciais compradores, alugou o imóvel por US$ 250 mil por dois meses.

10) Brasileiro deixa condomínio por último; inadimplência dispara

No cenário de inflação persistente e juros elevados, a taxa de inadimplência condominial atingiu 7,19% em junho, o maior patamar dos últimos 13 meses, de acordo com o Índice Superlógica, que monitora mais de 100 mil condomínios em todo o País. Em maio, o índice era de 6,73%. “As pessoas preferem quitar dívidas mais caras, como cartão de crédito, cheque especial e empréstimos, deixando o condomínio para depois,” João Baroni, o diretor de crédito do Grupo Superlógica, disse ao Metro Quadrado.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um entusiasta do mercado imobiliário.