1) Empresas pedem teto de preço de R$ 650 mil para Minha Casa, Minha Vida da classe média; entenda

As incorporadoras levaram ao governo federal uma proposta para revisar novamente o MCMV, aumentando o seu alcance perante a classe média. O Estadão apurou que representantes de associações empresariais sugeriram que o preço máximo de imóveis comercializados dentro da faixa 4 do programa habitacional passe de R$ 500 mil para R$ 650 mil, enquanto a faixa de renda mensal das famílias atendidas suba de R$ 12 mil para R$ 15 mil. As incorporadoras veem aí a chance de aproveitar ainda mais o fundo social do pré-sal, que neste ano abriu um orçamento de R$ 18 bilhões para habitação. Além disso, a medida ajudaria a socorrer as vendas de imóveis neste segmento, que vêm esfriando nos últimos meses. Já no Ministério das Cidades, a proposta recebida está sob análise, sem uma decisão, até aqui, se será tirada do papel ou não.

2) Entenda o que explica a multiplicação de arranha-céus com mais de 100 metros de altura pelo Brasil

Arranha‑céus com mais de 100 metros estão se tornando mais comuns em algumas cidades brasileiras, em Estados como São Paulo, Ceará, Goiás e Mato Grosso: o País tem hoje mais de 140 projetos de construções do tipo, sendo metade deles acima de 150 metros. Os dados são da organização Council on Tall Buildings and Urban Habitat (CTBUH). Há ainda prédios em fase de proposta ou sendo construídos que têm até mais de 200 metros de altura, sendo a maioria deles em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, que tem o residencial mais alto do País, o Senna Tower, previsto para 2032, com 544 metros. Para efeito de comparação, a grande maioria dos prédios residenciais no Brasil têm até 80 metros. O aumento de arranha-céus no mercado é resultado tanto de alterações em planos diretores de várias cidades, como também de uma busca por inovação de empresários do mercado imobiliário.

3) 'Vamos ter crise muito grande no FGTS', diz presidente da Caixa

O presidente da Caixa, Carlos Vieira, disse nesta quinta-feira (25) que o modelo de financiamento imobiliário baseado essencialmente no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) precisa ser revisto. Segundo ele, o fundo tende a enfrentar uma grande crise, uma vez que a concorrência com outros fatores que absorvem esses recursos tende a comprometê-lo. “Acho que a gente precisa rediscutir isso, essa estrutura de funding na forma que existe, como o FGTS. Vamos ter uma crise muito grande do FGTS”, afirmou durante evento.

4) Com prédio como ‘escultura’, Benx vê potencial para apartamento de até R$ 180 mi

A incorporadora Benx, do Grupo Bueno Netto, tem se preparado há cinco anos para lançar um empreendimento no coração do Itaim Bibi, bairro que concentra os terrenos mais disputados do entorno da avenida Faria Lima. A estratégia da incorporadora é realizar as vendas gradualmente para aproveitar a valorização do empreendimento quando a fachada já estiver tomando forma. O preço atual do metro quadrado está em R$ 70.000. Quando estiver pronto, a expectativa da empresa é que o edifício alcance os R$ 100.000/m2 e seja o mais caro da cidade de São Paulo, figurando entre os lançamentos com maior preço do país. Se alcançar o valor, os apartamentos menores do empreendimento poderiam sair por R$ 57,2 milhões - e chegar a R$ 180 milhões para as maiores unidades.

5) Registradores buscam nova regulação de ‘token’ imobiliário

Uma polêmica envolvendo representações digitais (“tokens”) de ativos imobiliários opôs as lideranças de registradores e de corretores de imóveis. O Operador Nacional do Registro Eletrônico de Imóveis (ONR), que representa os registradores, pediu ao CNJ que crie uma regulamentação imobiliária específica para tokens. O pedido é uma resposta à iniciativa do Cofeci, que no final de agosto publicou uma regulamentação reconhecendo a tokenização imobiliária e negócios envolvendo esses ativos. Para o ONR, o Cofeci não teria competência para regular o tema. Juan Pablo Correia Gossweiler, presidente do ONR, disse que a Resolução 1.551/2025 do Cofeci é frágil e pode ser questionada jurídica e administrativamente. “Será que o conselho que regulamenta uma profissão pode regulamentar plataformas digitais e formas de criação de ativos digitais?”, questiona.

6) Tributação da LCI pode ter impacto nas taxas de financiamento habitacional, diz Abecip

A proposta de aplicação de uma alíquota de 7,5% sobre as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) causa preocupação e pode ter impacto direto nas taxas de financiamento habitacional, segundo a Abecip. Em nota, a entidade defendeu que qualquer mudança na estrutura de incentivos das LCIs seja amplamente debatida e cuidadosamente analisada, “considerando não apenas a ótica arrecadatória, mas, sobretudo, os efeitos sobre o financiamento habitacional, o desenvolvimento econômico e o bem estar social”. A tributação das LCIs, diz a Abecip encarece a captação de recursos e pode levar à redução da emissão dos títulos, restringindo a oferta de crédito imobiliário e elevando as taxas para o comprador final.

7) Disputa entre incorporadora e mercado financeiro pode levar compradores a perderem imóveis quitados

Sem escritura, sem serviços e sob risco de terem apartamentos leiloados, compradores esperam decisão judicial sobre destino de prédio. Uma disputa judicial entre uma incorporadora de Porto Alegre e empresas ligadas ao mercado financeiro de São Paulo tem ameaçado pessoas que compraram algum dos 120 apartamentos do empreendimento Life.Co, no bairro Jardim do Salso, de perderem seus investimentos. Mesmo praticamente prontos desde o final do ano passado, apartamentos avaliados na casa dos R$ 500 mil seguem desocupados à espera da resolução de uma disputa judicial sobre quem tem o direito de propriedade.

8) Bairro planejado em Santa Catarina vende R$ 1 bilhão em 14 meses. Potencial é de R$ 50 bilhões

Menos de 14 meses após alcançar R$ 1 bilhão em vendas, o Vivapark Porto Belo, bairro planejado a menos de meia hora de carro de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, já conquistou seu segundo bilhão. A valorização acompanha a expansão do projeto. Com 1 milhão de metros quadrados urbanizados nas três primeiras fases, o Vivapark já soma mais de R$ 6 bilhões em investimentos e um VGV previsto de R$ 2 milhões de metros quadrados e mais de R$ 50 bilhões em VGV nas fases futuras.

9) Minha Casa, Minha Vida representa 60% dos imóveis novos vendidos em São Paulo

O programa Minha Casa, Minha Vida respondeu por 60% dos imóveis residenciais novos comercializados na cidade de São Paulo no último ano, segundo a última Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP. No acumulado dos últimos 12 meses, as vendas de imóveis novos totalizaram 117,7 mil unidades. O VGV totalizou R$ 58,2 bilhões (alta de 9%), de acordo com a pesquisa. Ao contrário do mês anterior, em julho as vendas de apartamentos novos (6.154 unidades) superaram o número de lançamentos (5.724 unidades), o que indica que o estoque de imóveis está sendo absorvido de forma mais rápida.

10) Maceió lidera preço do metro quadrado no Nordeste e ocupa 7º lugar no país

Maceió alcançou em agosto de 2025 o posto de capital com o metro quadrado mais caro do Nordeste, segundo dados do Índice FipeZAP. O preço médio do metro quadrado residencial na capital alagoana foi de R$ 9.653, superando cidades como Fortaleza (R$ 8.695/m²), Recife (R$ 8.350/m²) e São Luís (R$ 8.347/m²). No cenário nacional, Maceió aparece em 7º lugar entre as 22 capitais monitoradas. Além de ocupar uma posição de destaque no comparativo com outras capitais, Maceió também vem registrando expressiva valorização no mercado imobiliário. Segundo o levantamento, os imóveis residenciais na cidade tiveram alta de 1,25% em agosto, acumulam 4,21% de crescimento em 2025 e apresentam valorização de 8,61% nos últimos 12 meses.


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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um entusiasta do mercado imobiliário.