Pela sexta vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu aumentar a taxa Selic, que agora está em 14,75% ao ano, o maior nível desde agosto de 2006. Apesar disso, especialistas apontam que o aumento não vai impactar o mercado imobiliário de alto padrão.

À AutImob, o economista Júlio Paschoal explicou que, no âmbito do mercado imobiliário, a nova alta da Selic impactará os financiamentos, no entanto, o segmento de alto padrão não será afetado. “O único tipo de imóvel que vale a pena são os imóveis considerados de luxo. Eles são menos sensíveis à variação da Selic”, enfatizou Júlio.





O economista afirma que o alto padrão não é afetado na mesma proporção que as classes mais baixas por conta do perfil de compra. “Normalmente, ou ele tem o dinheiro para comprar, ou ele financia em um tempo menor. Porque o juros tem a ver com o tempo. Diferente do cidadão comum, que às vezes compra para poder revender ou, em uma eventualidade que ele está parcelando, os compradores de imóveis de luxo compram para investir”, detalhou o especialista.

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As especulações eram de que a taxa Selic chegasse aos 15% ainda este ano. Júlio Paschoal acredita que a taxa continuará aumentando, entretanto, não atingirá esse patamar, por enquanto. “Provavelmente vai manter esses 14,75%. Tendo essa visão monetarista do Banco Central, eu não acredito que a taxa de juros caia antes de agosto, setembro do ano que vem”, prevê.

“Vai permanecer alto, e permanecendo alto, o único tipo de imóvel que não tem nenhuma ligação para a Selic é o imóvel de luxo, mas aí é para pouquíssimas pessoas”, pontuou o economista.