O mercado imobiliário brasileiro ocupa uma posição de destaque no cenário mundial, como o segundo país com maior número de corretores de imóveis, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo dados do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), são mais de 630 mil profissionais ativos e cerca de 70 mil imobiliárias em operação no Brasil.

O volume expressivo reflete não apenas a dimensão do setor, mas também o peso da profissão dentro da economia. Com a crescente demanda por moradia, a expansão de novos empreendimentos e a valorização dos imóveis em diversas regiões, a carreira de corretor vem atraindo cada vez mais interessados em atuar na intermediação de negócios.

Carreira em ascensão

O interesse pela profissão está ligado a fatores como a possibilidade de empreender, a flexibilidade de horários e o potencial de ganhos variáveis conforme o desempenho. Para muitos, a atividade deixou de ser uma opção secundária e passou a ser encarada como carreira principal, com espaço para crescimento e especialização em diferentes nichos, desde imóveis econômicos até o mercado de alto padrão.

De acordo com estimativas de entidades do setor, a tendência é de que o número de profissionais continue em expansão nos próximos anos. O Cofeci projeta crescimento de até 20% até 2026, impulsionado pelo aquecimento da construção civil e pelo fortalecimento de grandes centros urbanos.

Qualificação como diferencial

Apesar do grande contingente de profissionais, a competitividade exige preparação constante. Para atuar legalmente, é necessário concluir o curso Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) e obter o registro junto ao Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI).

Além da formação inicial, a atualização em legislação, técnicas de vendas, marketing digital e análise de mercado é vista como essencial para garantir relevância em um ambiente de alta concorrência. Cursos de especialização e treinamentos em ferramentas tecnológicas também têm sido cada vez mais buscados por quem deseja se diferenciar.

Desafios e oportunidades

O crescimento do setor não elimina os desafios. A instabilidade financeira nos primeiros anos, a necessidade constante de prospecção de clientes e a concorrência intensa podem dificultar a trajetória de novos corretores. Ainda assim, especialistas apontam que a construção de uma rede sólida de contatos, aliada a uma atuação ética e ao foco na experiência do cliente, é o caminho para se consolidar na profissão.

Com números que colocam o Brasil na vice-liderança global em quantidade de corretores, o setor imobiliário reforça sua importância estratégica na economia nacional. O dado também evidencia como a profissão se tornou um campo de oportunidades para quem busca independência financeira e deseja empreender em um mercado em constante movimento.