A inteligência artificial tem se tornado uma ferramenta cada vez mais presente no setor imobiliário, como forma de otimizar processos e trazer economia nos custos gerais. Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) apontou que 19% das empresas do setor já utilizam algum tipo de IA. Os dados demonstram um avanço tímido, mas com grande potencial.

No mercado imobiliário goianiense, as tecnologias estão sendo empregadas desde captação dos clientes, com atendimento por inteligência artificial nos canais de comunicação, até mesmo na construção civil. Na fase de divulgação dos lançamentos, a IA permitiu apresentações imersivas dos empreendimentos, com imagens geradas pela tecnologia, que facilitam as vendas.

Já na fase final, de fechamento de contratos, o uso de softwares e automação possibilitou o compartilhamento e assinatura digital de documentos, trazendo mais agilidade e celeridade aos processos.

De acordo com os especialistas, o avanço é possível graças ao uso combinado de tecnologias como a Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial e automação, além de programas que auxiliam desde o controle de cronogramas e recursos, até o compartilhamento e o monitoramento do progresso dos trâmites contratuais.

A popularização crescente dos mecanismos tecnológicos fizeram com que o governo federal reforçasse o tema, para alavancar o setor. Foram lançados, recentemente, novos guias orientativos para apoiar a adoção de tecnologias como o Building Information Modeling (BIM) e a Internet das Coisas (IoT) na construção civil. A iniciativa busca melhorar a produtividade e a competitividade da indústria, aproximando o setor brasileiro dos padrões internacionais.

Segundo dados da Abrainc, 81% das empresas do segmento de construção e incorporação no Brasil já utilizam o BIM em seus projetos, demonstrando um avanço importante rumo à modernização e implementação de novas tecnologias. Os novos modelos surgem ainda como alternativa para suprir demandas, resolver as dores dos segmentos e ampliar o potencial de gerenciamento de cada etapa.

Um exemplo disso é o uso de recursos de tecnologia construtiva pelas incorporadoras, diante da dificuldade que o segmento tem encontrado na contratação de mão de obra qualificada. “Os incorporadores têm enfrentado uma dificuldade constante para encontrar mão de obra qualificada, o que acarreta o aumento de custos com as obras. As empresas do setor seguem oferecendo oportunidades de emprego e capacitação para aqueles que buscam uma chance, mas a viabilidade de automatização de processos por meio da tecnologia são investimentos que representam maior agilidade, desburocratização e até mesmo economia, que pode ser repassada até o consumidor final”, ressaltou o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Felipe Melazzo.