A proporção de brasileiros que moram sozinhos cresce no Brasil. No intervalo de 12 anos, o número de pessoas que moram só aumentou 52%. De acordo com dados de uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que, em 2024, 18,6% dos domicílios eram habitados por apenas uma pessoa, fator que impulsionou a demanda por imóveis compactos.

Conforme a pesquisa, a parcela de domicílios habitados por uma pessoa só em 2012 era de 12,2%. Em 2012, o Brasil tinha 61,2 milhões de endereços, sendo 7,5 milhões com um morador. Em 2024, esse número total de lares subiu para 77,3 milhões de lares, sendo 14,4 milhões com apenas uma pessoa.

A Pnad Contínua ainda apontou que em alguns Estados a proporção de residências com apenas um morador supera 20%, incluindo Goiás:

  • Rio de Janeiro: 22,6%
  • Rio Grande do Sul: 20,9%
  • Goiás: 20,2%
  • Minas Gerais: 20,1%

O aumento mostrou um novo perfil social que sinaliza o crescimento de uma nova demanda no mercado imobiliário: imóveis menores com comodidades que geram praticidade no dia a dia e menos custos.

Conforme dados da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), em 2024, os imóveis de até 50 metros quadrados, chamados de compactos, representaram cerca de 40% do total vendido no ano. Foram cerca de 4.324 unidades do tipo vendidas na capital, ao todo.

De olho na demanda do mercado, incorporadoras apostam em lançamentos de opções de apartamentos compactos em áreas nobres de Goiânia. Em 2025, entre prédios já prontos e os que estavam previstos para serem entregues, a cidade ganhou cerca de 14 novos empreendimentos com apartamentos compactos em diferentes setores da capital, além dos novos projetos lançados, ainda em processo de construção.

Em geral, o público mais jovem prefere por unidades mais compactas devido ao estilo de vida. A qualidade de vida está mais atrelada ao bom aproveitamento do tempo, por isso, imóveis bem centralizados, próximos ao trabalho e que demandam custos de manutenção menores estão sendo mais atrativos.