A construção civil avançou consideravelmente rumo à inovação, segundo a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). Entre os pilares que impulsionaram essa dinâmica estão a utilização de materiais ecológicos, construção modular e, um dos principais, a tecnologia.

Em entrevista à AutImob, o diretor de pesquisas e estatísticas da Ademi-GO, Credson Batista, destacou que o digital está transformando a forma de projetar, construir e operar imóveis. Além disso, tecnologias como a automação residencial e inteligência artificial ajudam a otimizar custos, evitar desperdícios e acelerar prazos.

Para 2026, conforme Credson, um fator que deve intensificar ainda mais a adoção de práticas de inovação e de modelos construtivos mais industrializados no setor imobiliário é a Reforma Tributária.

De acordo com ele, o “modelo adotado de acumulação de crédito, vai permitir que os empreendimentos que tenham processos construtivos mais industrializados, como a adoção de fachadas prontas e afins, possam ter uma maior eficiência de custo de construção, levando, portanto, a um ganho na implantação desses empreendimentos”, destacou.

Mercado imobiliário goiano

Em Goiânia, vários empresários estão buscando fora do país conhecimentos de novos equipamentos e inovações que possam aprimorar a rotina e técnicas construtivas, conforme Credson. O resultado disso é uma obra mais limpa e mais eficiente.

Credson Batista, diretor de pesquisas da Ademi-GO. Foto: acervo pessoal


“É comum hoje ver empreendimentos sendo desenvolvidos em paredes de drywall, que trazem uma maior eficiência, uma obra mais limpa, uma menor geração de resíduo, uma maior responsabilidade social para o setor e entregam para o cliente final um empreendimento bem acabado, com qualidade, conforto acústico, inclusive muitas das vezes acima de outras soluções”, disse.

Credson também apontou que técnicas construtivas como o steel deck, que gera rendimento e reduz a necessidade de mão de obra, tem sido uma alternativa para a viabilização de projetos e empreendimentos. Além disso, tem sido cada vez mais comum o investimento em softwares que proporcionam uma menor geração de resíduos.

O diretor de pesquisas destacou ainda que, na fase final, a presença do IoT - Internet das Coisas - que proporciona a automação dos processos no dia a dia, é algo recorrente nos empreendimentos.

“Muitos associados já preparam seus empreendimentos para que eles tenham a infraestrutura necessária para receber toda a instalação desses equipamentos inteligentes, para controle de luminárias, controle de ar-condicionado, controle de TV através de dispositivos como Alexa, entre outros”, destacou.

Outros empreendimentos, a depender do padrão, já são entregues com as automações, interruptores inteligentes, visando, justamente, agregar valor nas unidades. No quesito inovação, há edifícios autossuficientes, que geram sua própria energia ou reaproveitam água pluvial, deixam de ser apenas tendência para se tornarem realidade.