O turismo de saúde já ocupa a terceira posição por demandas de hospedagem em Goiânia. Desde os anos 2000, a capital de Goiás tem ganhado destaque nos serviços médicos e essa fama tem atraído, cada vez mais, o público de fora, que vêm à cidade para fazer consultas e tratamentos de saúde, e, consequentemente, necessitam de locais para se acomodar, aumentando a demanda por short e long stay.

De acordo com o Gerente Comercial e Marketing da GPL Incorporadora, Eloy Pinheiro, a localização estratégica de Goiânia no país e a excelência dos serviços prestados foram fatores que corroboraram com o aumento da demanda. “Goiânia foi se posicionando como referência no Brasil, principalmente em odontologia, oftalmologia e em cirurgias plásticas. Então, já existia um fluxo de pessoas que vinham para a capital para poder ter esse tipo de atendimento médico. Com o passar do tempo, as grandes redes de hospitais foram observando que Goiânia estava numa posição geográfica muito privilegiada no Brasil”, detalhou.

Ao longo dos anos, a capital foi se tornando um grande centro nessa área, com os maiores hospitais e filiais de grandes redes hospitalares do país. “Essas redes observaram que Goiânia poderia se tornar um segundo polo hospitalar no Brasil, principalmente para poder atender a demanda do norte e do nordeste, que não precisaria se deslocar até São Paulo. Tivemos o movimento do Einstein (Hospital Israelita Albert Einstein) vindo aqui para a nossa cidade. Goiânia é a única cidade no Brasil que tem Einstein, além de São Paulo, e isso consolidou o que já era nítido para nós, goianienses, que a nossa cidade seria um grande centro hospitalar no Brasil, o segundo maior, logo após São Paulo”, ressaltou Eloy.

A demanda crescente por esses serviços então consolidou o turismo de saúde na cidade, ficando atrás apenas do turismo de negócios, movimentado principalmente pelo agro, e pelo turismo de lazer, devido aos grandes eventos, sobretudo os sertanejos, que são realizados na capital. “Isso gera um impacto direto na nossa economia, porque precisamos ter locais para suportar essa demanda de hospedagem”, enfatizou Eloy ao destacar que isso gera demanda também para outras vertentes de serviços, como restaurantes e bares, setor hoteleiro, e faz a economia local girar.

Setores que se destacam no turismo de saúde

O turismo de saúde também molda a dinâmica imobiliária, visto que dele também surge a necessidade de aumento de locais para abrigarem o fluxo de turistas na cidade. “Quem está estudando esse mercado a fundo enxerga uma lacuna de oportunidade para o mercado imobiliário. Hoje temos grandes polos ao redor do próprio Órion Business & Health Complex, com turismo de saúde de luxo, mas que já é atendido pelo próprio Clarion, pelo hotel do complexo. Temos o Setor Aeroporto, que em um raio de 500 metros possui mais 77 clínicas, mais de 30 grandes hospitais, e hoje você não tem hospedagem e hotéis o suficiente para poder atender essa demanda. Outro bairro de destaque também é o Setor Universitário e, por consequência, o Setor Central”, elencou Eloy.

No Setor Aeroporto, bairro que possui grande quantidade de clínicas, hospitais e laboratórios de renome, a demanda ainda é maior que a oferta, de acordo com o gerente comercial. “Para o mercado imobiliário, visando investidores, isso é uma oportunidade maravilhosa. Porque quando falamos de Marista e Bueno, já temos muitos produtos voltados a esse tipo de demanda de hospedagem para poder atender não só os hospitais nessas regiões, mas também o turismo, o lazer, porque a gente sabe que as regiões de alto padrão acabam sendo destaque para esse tipo de turismo. Mas quando falamos de uma região como o Setor Aeroporto, que tem o foco direto no turismo de hospedagem, no turismo hospitalar, você não tem competição”, observou.

O Centro vai surfar uma onda muito bacana nesses próximos anos com toda a revitalização, com tudo que está chegando. Podemos ficar atentos, porque teremos lançamentos direcionados também a short e long stay no Centro, focando em investidores”, previu Eloy ao citar os projetos para reestruturação do Setor Central.

Segundo Eloy, pegando carona no turismo de saúde, o Centro vai acabar absorvendo a demanda de turismo hospital da região do Setor Universitário, que possui o Hospital das Clínicas e o Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ), referências nacionais em tratamentos clínicos. O Setor Oeste também se destaca na localização, por estar centralizado entre os maiores centros médicos da cidade.