1) Caixa começa a oferecer crédito habitacional com novas regras

Desde a última segunda-feira (13), a compra da casa própria está mais acessível. Entraram em vigor as novas regras da Caixa Econômica Federal para ampliar o acesso ao financiamento habitacional. As medidas devem injetar R$ 20 bilhões no crédito imobiliário e, segundo o banco, financiar 80 mil novos imóveis até o fim do próximo ano. O pacote apoiado pelo governo federal inclui o aumento da cota máxima de financiamento para 80% do valor do imóvel e a elevação do teto de imóveis financiáveis pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. As mudanças beneficiam especialmente famílias com renda mensal acima de R$ 12 mil, faixa até então com dificuldade para acessar crédito habitacional fora das taxas de mercado. A redução da entrada destrava o acesso ao crédito para milhares de famílias que estavam próximas de obter o financiamento, mas não conseguiam juntar o valor inicial suficiente. Responsável por cerca de 70% dos financiamentos habitacionais do país, a Caixa será a principal instituição a operar o novo modelo, que ficará em fase de teste até o fim de 2026.

2) Programa "Casa Brasil Reforma" será lançado hoje pelo Governo Federal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançará, na segunda-feira (20), o programa denominado Reforma Casa Brasil, uma das apostas do governo federal para as eleições de 2026. Segundo o Palácio do Planalto, a nova política vai oferecer crédito facilitado e apoio técnico para reformas e melhorias em moradias em todo o país. De acordo com o governo federal, o programa a ser lançado atenderá famílias que já possuem imóvel, mas “enfrentam problemas estruturais ou de adequação, como telhados danificados, pisos comprometidos, instalações elétricas e hidráulicas precárias, falta de acessibilidade ou necessidade de ampliação”. Segundo interlocutores, os valores mínimos e máximos de empréstimo poderão variar de R$ 5 mil a R$ 100 mil, conforme a análise de crédito dos tomadores. A taxa de juros será de 1,17% ao mês para famílias com renda de até R$ 3,2 mil, equivalente a dois salários mínimos, e de 1,95% ao mês para quem ganha acima desse valor.

3) Tokenização: a revolução que pode democratizar e acelerar o mercado imobiliário

O token nada mais é do que um certificado digital que comprova a posse de uma fração de um imóvel. A certificação se dá por meio do blockchain, uma tecnologia que permite validar transações por meio de uma rede distribuída de computadores, sem depender de uma autoridade central. Uma vez validado, o registro não pode ser alterado ou apagado, garantindo segurança e transparência a todos os envolvidos. Essa combinação de agilidade, desintermediação e rastreabilidade cria uma nova lógica de mercado. Transações que antes exigiam dias de cartório e papelada podem ocorrer em minutos, sem intermediários e com segurança criptográfica. Tudo fica registrado de forma pública, aumentando a transparência sobre valores, transações e histórico dos imóveis. O resultado é um mercado potencialmente mais acessível, eficiente e organizado.

4) Índice Imobiliário lidera ganhos de renda variável na B3 em 2025

O Índice Imobiliário (IMOB) tem o melhor desempenho de 2025 até o momento entre os indicadores variáveis da B3, segundo dados da bolsa brasileira. No acumulado do ano até setembro, o IMOB registrou valorização de 66,46%. Vale ressaltar que o índice representa o desempenho médio das ações das companhias mais negociadas e representativas do setor imobiliário brasileiro, como construtoras, incorporadoras e administradoras de imóveis, como shoppings e prédios corporativos.

5) Preços de aluguel residencial sobem acima da inflação em setembro, aponta FipeZAP

O Índice FipeZAP de Locação Residencial registrou um aumento médio de 0,55% nos preços de aluguel residencial em setembro. Apesar de representar uma desaceleração em relação ao aumento em agosto, de 0,66%, ainda está acima do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor-Amplo) registrado no mês, de 0,48%, segundo o IBGE, responsável pelo índice oficial de inflação do país. Assim como também acima do IGP-M, índice conhecido como ‘inflação do aluguel’, por ser um padrão nos contratos de locação, que ficou em 0,42%. No acumulado de 2025, o FipeZAP registra alta de 7,42% e de 9,93% em 12 meses.

6) Saque-aniversário do FGTS terá novas regras a partir de 1º de novembro

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou novas regras para a antecipação do saque-aniversário, que passam a valer a partir de 1º de novembro. As medidas visam tornar o mecanismo mais equilibrado e sustentável, preservando os recursos do Fundo para investimentos em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país, como habitação, infraestrutura urbana e saneamento. Os conselheiros foram unânimes em afirmar que as mudanças são essenciais para garantir a sustentabilidade do FGTS. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, classificou o saque-aniversário como uma “armadilha” para os trabalhadores. “Ao ser demitida, a pessoa não pode sacar o saldo do seu FGTS. Veja as novas regras.

7) Recife, Florianópolis e São Paulo lideram mercado imobiliário brasileiro

O mercado imobiliário brasileiro demonstrou um desempenho "robusto e promissor" no primeiro semestre de 2025, com o VGV de lançamentos e vendas em forte alta em diversas capitais. O balanço, feito pela ABRAINC com dados do GeoBrain, analisou 12 capitais e apontou Florianópolis, Recife e São Paulo como os principais motores do setor. No consolidado das cidades analisadas, o VGV de lançamentos cresceu 50% e o VGV de vendas avançou 43% em relação ao mesmo período de 2024. Em unidades, o aumento foi de 24% nos lançamentos e 29% nas vendas. Florianópolis, Recife e São Paulo se destacaram no volume total de lançamentos de imóveis. Florianópolis registrou o maior salto, com uma variação positiva de 367% no VGV de lançamentos. o Recife apresentou um aumento expressivo de 98% no VGV de lançamentos, e São Paulo cresceu 89% no VGV de lançamentos, reforçando sua posição como o maior mercado do País.

8) A inovação do mercado imobiliário brasileiro para os recém-divorciados: "rent to own"

O aumento expressivo dos divórcios no Brasil tem provocado um fenômeno curioso no mercado imobiliário: o surgimento de uma nova fatia de consumidores que buscam recomeçar a vida com praticidade e discrição. Nesse contexto, o setor começa a enxergar oportunidades em meio às dissoluções conjugais, oferecendo produtos voltados a quem precisa de um novo lar, mas não possui tempo (ou paciência) para lidar com as burocracias típicas de uma mudança, sobretudo em um momento pessoal tão conturbado e cheio de novidades. Com base nesse contexto, a construtora catarinense PROCAVE decidiu inovar. A empresa lançou um modelo que une conveniência, segurança e inovação: o “test home”. Inspirado em práticas internacionais conhecidas como “rent to own”, o modelo permite que o comprador viva a experiência de morar no imóvel antes de decidir pela compra. No empreendimento Space Soul, os apartamentos são alugados por dois anos, com a possibilidade de se converter parte do valor pago em crédito para aquisição. Se a decisão for tomada nos primeiros 12 meses, até 75% do valor do aluguel é abatido; após esse período, a conversão é de 50%.

9) Grupo São Pietro expande moradia de luxo 60+

Com experiência em administração de hospitais e clínicas, o Grupo São Pietro lançou o braço imobiliário ‘São Pietro Sênior’, voltado exclusivamente para o público 60+. A empresa planeja expansão para Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso após o sucesso da primeira unidade em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Inspirado em referências da Europa e Estados Unidos, o grupo inaugurou em maio de 2024 o primeiro empreendimento no bairro Três Figueiras, na capital gaúcha. Duas novas operações foram anunciadas: uma segunda, também na capital gaúcha, e outra na cidade de Canela (RS). A empresa foca numa tendência: até 2050 o Brasil deve se tornar o sexto país mais velho do mundo, com 68,1 milhões de idosos, segundo o estudo Tsunami60+.

10) HSI prevê investir R$ 2 bi em imóveis de logística e saúde

A gestora HSI, com R$ 13 bilhões em ativos imobiliários sob gestão, colocou logística e saúde como as maiores prioridades de investimentos neste fim de 2025 e em todo o ano de 2026. Cada segmento deve receber uma injeção de aproximadamente R$ 1 bilhão ao longo dos próximos meses, conta o sócio fundador, Max Lima, à Coluna. Os recursos virão dos fundos da casa, com captações já realizadas. A HSI avalia ainda a possibilidade de entrar em residenciais, via parceria com incorporadoras. A preferência é pelo mercado de alto padrão, em que não há limites de preços, diz, embora os terrenos estejam muito caros. A gestora considera interessante também o segmento do Minha Casa Minha Vida, mas teme estar aquecido e concorrido demais.


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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um entusiasta do mercado imobiliário.