O mercado imobiliário brasileiro vive, em 2025, um momento de reconfiguração geográfica, com o fortalecimento de cidades fora do eixo tradicional Rio-São Paulo. A valorização regional, que já vinha sendo observada nos últimos anos, agora se consolida como uma tendência estrutural, impulsionada por transformações econômicas, urbanas e sociais. Cidades como Goiânia, Balneário Camboriú, Itapema, Vitória e Joinville vêm se destacando tanto pela valorização do metro quadrado quanto pelo crescente interesse de incorporadoras e investidores em busca de novos polos de rentabilidade.

De acordo com o Índice FipeZAP de abril de 2025, essas cidades registram aumentos expressivos no valor do m², reflexo direto de fatores como qualidade de vida, limitações na oferta de terrenos e fortalecimento de suas economias locais. Goiânia, em especial, tem ocupado lugar de destaque no Centro-Oeste como um dos mercados mais atrativos do país. A capital goiana combina boas condições urbanas, demanda crescente e mudanças no Plano Diretor que impactaram diretamente a dinâmica do setor.

Entre os principais fatores que explicam a valorização regional está o redirecionamento estratégico das incorporadoras. Em vez de concentrarem seus lançamentos nos grandes centros saturados e com terrenos escassos e caros, essas empresas passaram a mirar cidades onde ainda há margem para empreendimentos rentáveis e com bom apelo junto ao público da classe média. Goiânia se encaixa perfeitamente nesse perfil. O novo zoneamento urbano limitou o adensamento em regiões nobres da cidade, o que reduziu a quantidade de terrenos disponíveis para novos prédios e elevou o valor de áreas com alto potencial construtivo. Com isso, a oferta de imóveis diminuiu, e o metro quadrado passou a se valorizar.

Outro fator essencial é a expansão da infraestrutura urbana. Goiânia tem passado por melhorias em mobilidade, segurança e áreas verdes, o que reforça seu apelo para famílias e profissionais que buscam mais qualidade de vida, mas ainda desejam os benefícios de uma capital. Esse movimento está diretamente conectado às mudanças no comportamento de consumo pós-pandemia. O trabalho remoto e os modelos híbridos de ocupação profissional levaram muitos brasileiros a repensarem onde e como viver, o que abriu espaço para cidades com boa infraestrutura, menor densidade populacional e oferta qualificada de serviços e lazer.

No cenário nacional, os dados do FipeZAP apontam as cidades com maior valorização do preço do metro quadrado nos últimos 12 meses: Salvador (+20,63%), João Pessoa (+18,25%), Vitória (+17,09%), Curitiba (+14,43%) e Belo Horizonte (+13,95%). Embora Goiânia não esteja entre os cinco primeiros colocados em percentual de crescimento, sua valorização é constante, e o mercado local tem chamado atenção por sua estabilidade, liquidez e rapidez de vendas. Incorporadoras locais e de outros estados têm aproveitado esse ambiente favorável para desenvolver empreendimentos com foco em localização estratégica, soluções tecnológicas e serviços embarcados, atendendo a um público cada vez mais exigente.

Além do ritmo de valorização, o preço médio do metro quadrado também ajuda a explicar o protagonismo de algumas regiões. Balneário Camboriú (SC) lidera o ranking com R$ 14.531/m², seguida por Itapema (R$ 14.026), Vitória (R$ 13.086), Itajaí (R$ 12.471) e Florianópolis (R$ 12.246). No caso de Goiânia, o valor médio do m² gira em torno de R$ 7.800, mas com potencial de valorização consistente e projetos de médio e alto padrão ganhando força, especialmente em bairros como Marista, Bueno, Oeste e Jardim Goiás. A escassez de terrenos bem localizados e as novas exigências urbanísticas contribuem para elevar o valor dos empreendimentos futuros.

Diante desse cenário, incorporadoras vêm reavaliando sua atuação e investindo cada vez mais em mercados de médio porte com alto potencial de crescimento. Goiânia desponta como um terreno fértil para empreendimentos inovadores, que apostam em compactação inteligente, sustentabilidade, localização privilegiada e diferenciais que atendem à nova demanda urbana. Esses projetos costumam apresentar velocidade de vendas acima da média e maior margem de retorno para os incorporadores.

Para os investidores, a capital goiana também se mostra promissora. A cidade oferece um equilíbrio atrativo entre risco e retorno: há menos concorrência direta, bom ritmo de valorização e imóveis com liquidez acima da média no mercado secundário. O avanço de polos tecnológicos, universidades e centros médicos também fortalece a vocação da cidade como centro regional de desenvolvimento e inovação.

A digitalização do setor e o uso de ferramentas de marketing territorial também têm contribuído para esse crescimento. Incorporadoras e imobiliárias com atuação em Goiânia estão cada vez mais conectadas a plataformas de inteligência de mercado, que permitem mapear áreas com maior potencial de valorização, identificar perfis de consumidores e direcionar campanhas de maneira assertiva. Essa abordagem acelera a tomada de decisão de compra e aproxima os produtos das necessidades reais do consumidor.

Neste novo ciclo de valorização regional, compreender o comportamento dos dados e ter uma estratégia territorial bem definida são diferenciais essenciais. Através do HUB VGV, núcleo de soluções integradas para o mercado imobiliário, o Grupo VGV tem apoiado incorporadoras em todo o Brasil na estruturação de seus lançamentos, organização de processos e implementação de estratégias que geram resultados consistentes.

Mais do que uma tendência, a valorização regional é reflexo de uma mudança estrutural no mercado imobiliário brasileiro. Cidades como Goiânia mostram que é possível crescer com inteligência, inovação e foco em qualidade de vida. Incorporadoras e investidores atentos a esse novo cenário terão mais chances de sucesso ao se posicionarem de forma estratégica, acompanhando as transformações e liderando o futuro do setor.