No cenário global, a arte tem conquistado um papel cada vez mais relevante na economia criativa e na formação de patrimônio. Segundo publicação do Art Basel & UBS Art Market Report, o mercado mundial de arte alcançou US$ 68,3 bilhões, impulsionado pela ampliação do perfil de colecionadores e pela valorização de produções contemporâneas nos principais centros culturais. Essa expansão reforça a influência da estética, do design e da curadoria como elementos de valor agregado, um movimento que vem se consolidando também na construção civil de alto padrão.

Em Goiânia, o movimento é acompanhado pelo desempenho do setor imobiliário. De acordo com a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (ADEMI-GO), o preço médio do metro quadrado ultrapassou a marca de R$ 10 mil em 2025, e a capital registrou uma valorização acumulada de 22% no último ano, com destaque para regiões como Setor Oeste, Marista e Bueno. No segmento premium, a diferenciação tem se apoiado em assinatura arquitetônica, narrativa estética e projetos com identidade própria, indo além de metragem, localização e acabamentos.

Um exemplo de empreendimento que incorpora a arte como diretriz conceitual é o Fascino Consciente, da Consciente Construtora e Incorporadora. Em fase de construção no Setor Oeste, o projeto foi desenvolvido a partir da ideia de “edifício-arte”, com arquitetura contemporânea assinada pelo arquiteto Leonardo Zanatta e inspirado nas principais tendências observadas no Salão do Móvel de Milão, referência mundial em design e arquitetura, além de trazer aspectos como volumetria marcada por curvas e composição estética orientada, para criar impacto urbano e diálogo com o entorno.

Para a diretora de empreendimentos da Consciente, Camila Inácio, tratar o projeto como um edifício-arte significa incorporar a estética como componente de valor, e não como acessório. “A arquitetura deixou de ser apenas uma solução técnica e passou a ser parte da experiência de morar. Quando trabalhamos este conceito no Fascino buscamos uma proposta que tivesse identidade própria, coerência estética e uma presença urbana que dialogasse com o que Goiânia tem de melhor”, afirma.

Ela destaca que o comportamento do consumidor de alto padrão mudou, e que o novo comprador observa elementos que antes não eram considerados centrais. “O cliente hoje valoriza projetos que contam uma história. Ele busca assinatura, originalidade, curadoria de design e ambientes que traduzam o estilo de vida que deseja. Essa atenção aos detalhes, que vai da fachada às áreas comuns, deixa de ser um diferencial e passa a ser uma expectativa do mercado de luxo”, completa.