No dia 24 de outubro de 1933, no coração do país, Pedro Ludovico Teixeira tornava um sonho realidade ao lançar a pedra fundamental que transformaria a área em meio ao cerrado na nova capital de Goiás. Fruto de sonhos modernistas, Goiânia foi projetada já com toques refinados, com o conceito europeu de arquitetura Art Déco e urbanismo estilo cidade-jardim. Desde o início, algo indicava que o destino era próspero e, 92 anos depois, o futuro já é agora. Goiânia é considerada a segunda melhor capital do país para se viver, possui título de “cidade árvore do mundo” e se consolida como polo de desenvolvimento imobiliário no Centro-Oeste.

À época, a região foi escolhida por conta da localização, topografia e dos recursos hídricos. Goiânia foi levantada às margens do córrego Botafogo, compreendida pelas fazendas Criméia, Vaca Brava e Botafogo, no então município de Campinas, que hoje é o bairro mais antigo da capital e um dos principais centros comerciais da cidade.

O que era potencial aos olhos de Pedro Ludovico na década de 1930, atualmente é referência nacional. Aos poucos, as vilas que abrigaram os imigrantes vindos do interior goiano e de outros Estados foram crescendo e se juntando, dando formato à cidade.



Avenida Anhanguera na década de 1960 (Foto: Alois Feichtenberger. Acervo MIS|GO)


Inicialmente construída para 50 mil habitantes, Goiânia experimentou crescimento tímido no começo. Entretanto, depois da chegada da estrada de ferro (1951) e da construção de Brasília (1954-1960) esse número inicial triplicou. Apenas na década de 1960, a capital ganhou cerca de 125 novos bairros.

Os setores que hoje são tidos como os mais nobres e valorizados da cidade nasceram nesse ínterim. Como exemplo, o Setor Bueno, atualmente o bairro mais adensado da cidade, que foi originado graças a um pagamento por serviços de engenharia prestados durante a construção de Goiânia.

Pedro Ludovico pagou os irmãos engenheiros Abelardo e Jerônymo Coimbra Bueno, que prestaram serviços na construção da capital, com terras nas áreas dos bairros, que anos depois, seriam batizados com seus sobrenomes. O Bueno foi oficialmente criado em 1951.



Lago das Rosas na década de 1960 ( Foto: Alois Feichtenberger. Acervo MIS|GO)



Nessa mesma época, surgia também o Setor Oeste, um dos primeiros bairros planejados de Goiânia, projetado para ligar o Centro da cidade ao Setor Campinas, teve sua ocupação iniciada em 1950. Desde o início, foi habitado por pessoas de classe média, com construções residenciais de alto padrão, em suas ruas largas e arborizadas, perfil que resistiu ao tempo e é mantido até os dias atuais. A sua expansão se deu entre as décadas de 1970 e 1980, crescendo ao redor dos parques que conhecemos hoje como Bosque dos Buritis e Lago das Rosas.



Avenida Goiás na década de 1950. (Foto: Sílvio Berto. Acervo MIS|GO)


Progresso contínuo

Dos bairros centrais, foram surgindo outros setores, fruto do desmembramento de áreas maiores e até mesmo de novas zonas de povoamento. Assim, Goiânia viu nascer nas décadas seguintes, de 1960 em diante, os setores Marista, Sul e Jardim Goiás, áreas que atualmente estão entre as mais cotadas pela construção civil.

O progresso encontrou a cidade tímida do coração do Brasil. Muitos vieram e ainda vêm para Goiânia em busca de uma vida melhor, de recursos e crescimento. Como era desde que foi fundada, a capital de Goiás ainda é uma das cidades que mais recebe e acolhe pessoas de fora. O Censo Demográfico de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que quase 30% da população goiana é composta por pessoas nascidas em outros Estados.


Rua do Lazer. Centro de Goiania. Foto: secom
Goiânia recebe certificado da ONU de Cidade Árvore do Mundo. Foto: Jackson Rodrigues
Rua do Lazer. Centro de Goiania. Foto: secom



Todos esses pontos positivos culminaram para que a cidade expandisse, tanto em dimensões geográficas quanto econômicas. Enquanto a Região Centro-Oeste apresenta retração no número de lançamentos imobiliários, Goiânia vai na contramão. No primeiro semestre de 2025, a capital de Goiás registrou um crescimento de 6% no número de unidades residenciais lançadas.

O crescimento populacional e econômico, associado à experiência de viver em uma cidade segura, com infraestrutura, mobilidade urbana, repleta de áreas verdes e referência em diversos pontos, tornou Goiânia uma das cidades preferidas para se investir. A cidade planejada que já nasceu moderna e madura, prova que é possível crescer com graça, beleza e, principalmente, força e pujança, mesmo em meio a dificuldades.